Temer reafirma confiança na política econômica do governo

Para o presidente, primeiro passo é superar recessão; depois, haverá 'pleno emprego'. Para isso, será preciso aprovar as reformas, inclusive a tributária

Estadão Conteúdo
19/Jan/2017
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Temer reafirma confiança na política econômica do governo

Durante evento em Ribeiro Preto (SP), o presidente Michel Temer (PMDB) disse que o país está começando a sair da recessão econômica. Superada essa fase, o Brasil tende a ter crescimento e a alcançar o "pleno emprego". 

A afirmação foi feita durante discurso na assinatura do aporte de recursos do Plano Safra 2016/17. O valor planejado é de R$ 12 bilhões.

Para Temer, "pegamos o Brasil numa posição extremamente delicada, com uma recessão extraordinária. Por isso, digo sempre - o primeiro passo é superar a recessão. Superada a recessão é que vamos para o crescimento e do crescimento ao chamado pleno emprego. Essas são as fases que temos de atravessar".

Ao observar a inflação caindo, discursou o presidente, de 10,70% para 6,3% ao longo do ano de 2016, é possível afirmar que a política econômica do governo está dando certo.

"Estamos começando a sair da recessão", afirmou, lembrando que esse quadro repercute na queda da taxa de juros básica (Selic) e nos juros dos bancos. “O Banco do Brasil já reduziu os juros.”

JUROS NO ROTATIVO

Temer afirmou que os juros do cartão de crédito vão ser reduzidos de 480% para menos de 200% com as medidas do governo federal. A medida, segundo ele, foi inspirada por uma conversa com um cidadão de Tietê (SP), município onde nasceu.

"Ele disse: não aguento mais juros do cartão a 480%. Chamei a área econômica e disse: não é possível isso. Em dois ou três dias de diálogo com o sistema bancário, me permitiu pouco antes mesmo do Natal anunciar que não será mais 480%, será menos de 200%, que ainda é muito mas diminui quase pela metade", afirmou Temer.

O presidente também deu ênfase à queda progressiva dos juros, que, afirmou, estão tendo impacto nos juros dos bancos ao consumidor.

PEC DO TETO

Durante o discurso, Temer esclareceu que o teto para os gastos do governo federal é um limite geral. Isso torna possível destinar mais recursos a um setor, desde que se tire de outro. 

"Setores importantes, como saúde, educação e também o agronegócio, serão prestigiados", afirmou em resposta a uma pergunta sobre qual será o aumento nos volumes destinados ao Plano Safra, que deve ser lançado em maio.

Temer elogiou o setor do agronegócio e disse que o governo se apoia nele para incentivar a economia e gerar empregos. 

REFORMAS ENCAMINHADAS

O presidente da República lembrou que seu governo já conseguiu aprovar ou encaminhar quatro reformas importantes em apenas oito meses: a PEC do Teto dos Gastos, a reforma Previdência, as mudanças no Ensino Médio e a atualização trabalhista. 

O próximo passo de sua administração, em breve será trabalhar na reforma tributária. “Precisamos simplificar o sistema tributário nacional", comentou, sem dar detalhes. 

Em relação às mudanças nas leis trabalhistas, o presidente afirmou que elas são fundamentais para o país e que é preciso harmonizar os dois lados do setor produtivo, trabalhadores e empregadores.

PREVIDÊNCIA

O presidente também salientou a importância da reforma da Previdência e disse que é preciso alterar questões como a idade mínima. Ele contou que esteve recentemente em Portugal e soube que foi preciso até mesmo cortar o 13º salário dos servidores públicos. 

"Seria mais fácil, para mim, aproveitar a presidência nesses dois anos e pouco que me sobraram, mas nós precisamos aprovar reformas", destacou.

PRESÍDIOS

Sobre a crise nos presídios, Temer comentou que, conforme garante a Constituição, pediu auxílio das Forças Armadas para "manter a lei e a ordem". 

O presidente disse que esse "drama terrível" não se resolverá do dia para a noite e que é preciso a junção de todas as esferas de governo e outras partes envolvidas. "A União está fazendo tudo que lhe cabe", assegurou.

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