Indicador de emprego aponta melhora em junho
Apesar do avanço, a confiança do brasileiro, medida pela ACSP, ficou estável, registrando 68 pontos
.jpg)
* Com informações da Agência Brasil
O Índice de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) traz uma boa notícia quanto ao mercado de trabalho.
Em junho, os brasileiros conheciam em média 5,02 pessoas que perderam o emprego, contra 5,61 pessoas em maio. É o menor número desde abril de 2016.
“O resultado ratifica os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que registrou a criação de 34,2 mil postos de trabalho formais em maio (segundo saldo positivo consecutivo). E aponta para uma perspectiva de que a situação na economia e no mercado de trabalho pode melhorar nos próximos meses”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
O pico da série histórica do INC ? que começou em 2005 ? foi em setembro de 2016, com média de 6,35 pessoas conhecidas dos brasileiros que foram demitidas.
Apesar do dado positivo de junho, a sensação do brasileiro em relação ao seu próprio emprego ainda não melhorou, já que 59% dos entrevistados em junho seguiam inseguros.
Gráfico - Quantas pessoas conhecidas perderam o emprego?
ESTABILIDADE
Em relação a maio, a confiança do brasileiro em geral ficou estável em patamar baixo em junho, registrando 68 pontos.
O INC varia entre zero e 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo. A margem de erro é de três pontos. A pesquisa foi feita pelo Instituto Ipsos em todas as regiões brasileiras entre os dias 1º e 13 de junho.
REGIÃO
Na contramão das demais regiões, o INC do Nordeste saltou 18 pontos e marcou 74 pontos em junho. “Alguns fatores para a melhora podem ser a chegada da chuva na região, a queda da inflação e o anúncio do reajuste do Bolsa Família”, analisa Burti.
Já no grupo Norte/Centro-Oeste, o indicador despencou 13 pontos frente a maio, apresentando 70 pontos.
O INC do Sudeste oscilou dentro da margem de erro e registrou 66 pontos em junho (69 no mês anterior).
A confiança do Sul apresentou o INC mais baixo do País, com 62 pontos em junho (70 em maio). “As quedas da confiança nessas regiões podem ser reflexo da crise política, que também retardou as reformas estruturais e esfriou a economia”, diz o presidente da ACSP.
CLASSES
Apenas a classe C apresentou pequeno avanço na confiança, com INC de 69 pontos em junho (65 em maio).
Na classe A/B, houve um rebaixamento de três pontos e o indicador marcou 61 pontos em junho.
Já a classe D/E traz uma diferença de seis pontos entre os dois meses (76 em maio e 70 em junho). Mesmo assim, esse grupo segue como o menos pessimista do Brasil.
PESQUISA
O Índice Nacional de Confiança é elaborado pelo Instituto Ipsos a partir de entrevistas pessoais e domiciliares em todas as regiões brasileiras, com base em amostra probabilística e representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014).
Trata-se de uma medida da extensão de confiança e segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Além de indicar a percepção do estado da economia para a população em geral, o índice visa a prever o comportamento do consumidor no mercado.
Veja na íntegra: INC de junho
EMPREGO NA GRANDE SÃO PAULO
A região metropolitana de São Paulo atingiu em maio 2,12 milhões de desempregados, de acordo a Pesquisa de Emprego e Desemprego divulgada hoje (28/6) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
O número representa uma ligeira alta no percentual de desocupados, que passou de 18,6% em abril para 18,8%.
Em comparação a maio de 2016, o resultado apresenta um crescimento de 7,2% no número de desempregados, o que representa 142 mil pessoas.
O município de São Paulo teve uma pequena queda entre abril e maio passando de 18,6% para 18,3%. Na sub-região leste, que incluí as cidades de Guarulhos e Mogi das Cruzes, houve um crescimento de 19,9% para 21,8%, no mesmo período.
A construção civil fechou 17 mil postos de trabalho entre abril e maio, registrando uma queda de -2,8% no nível de atividade. No setor de serviços os cortes registraram 39 mil vagas, uma retração de 0,7%.
As quedas foram compensadas pela geração de 38 mil empregos na indústria de transformação, uma elevação de 2,9%. O comércio e reparação de veículos automotores teve 11 mil vagas, um crescimento de 0,7%.
Os rendimentos médios dos trabalhadores registram queda de -2,7% em abril deste ano em comparação com o mesmo mês de 2016, ficando em R$ 2.002. A indústria de transformação teve a maior queda na média das remunerações (-7,5%), que ficou em R$ 2.028.
FOTO: Agência Brasil