Ciberataque: o pesadelo não acabou, alerta Europol

O Serviço Europeu de Polícia (Europol) informa que o mega ataque cibernético, iniciado na última sexta-feira (12), já fez mais de 200 mil vítimas em 150 países

Ansa
15/Mai/2017
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Ciberataque: o pesadelo não acabou, alerta Europol

"O alcance é global e sem precedentes, com a última contagem com mais de 200 mil vítimas em pelo menos 150 países. Essas vítimas são, na maioria, negócios incluindo grande corporações. Realizamos operações contra 200 ciberataques por ano, mas nunca havíamos visto nada assim", disse o diretor da Europol, Rob Wainwright, em uma entrevista à emissora britânica "ITV".

De acordo com o líder da entidade, o ataque através de um ransonware - um vírus que só é desbloqueado mediante um pagamento, como ocorre em um sequestro - foi "indiscriminado" e "espalhou-se de maneira muito rápida".

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Por isso, a entidade alerta que poderá haver milhares de novos dispositivos infectados nesta segunda-feira (15/05), quando voltam as atividades normais das empresas.

Na sexta, como medida de precaução, muitas corporações desligaram todos os seus equipamentos para evitar a rápida propagação do vírus.

Batizado de "Wanna Cry", há suspeitas de que o ransonware tenha sido roubado da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos pelo grupo Shadow Brokers.

VULNERÁVEL

Os ciberataques iniciados na sexta-feira, 12, e que já atingiram cerca de 150 países mostram que nem mesmo as grandes companhias estão imunes a crimes digitais.

Para quem compra produtos ou faz transações financeiras pela internet, a recomendação de especialistas é redobrar o cuidado, pois golpes e fraudes têm se tornado cada vez mais sofisticados.

"Uma característica comum às fraudes na internet é que elas envolvem temas do momento", diz Camillo Di Jorge, presidente da Eset no Brasil.

No início do ano, a empresa de segurança com sede na Eslováquia detectou um vírus disseminado por e-mail sobre os saques do FGTS.

A mensagem, que prometia informar o calendário para retirada, roubava senhas bancárias por meio de um programa instalado no computador de quem baixasse o arquivo anexado.

*Com Estadão Conteúdo

IMAGEM: Thinkstock

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