Tendências para construir marca em 2015
Conheça alguns caminhos que ditarão os rumos do mercado após a virada, no blog do jornalista e pesquisador Rodolfo Araujo

Em meio ao alucinante ritmo de fim de ano, nunca é demais olhar para o futuro. A consultoria de branding Landor lançou, recentemente, um relatório de tendências sobre gestão de marcas nos próximos doze meses. O documento completo pode ser visto aqui. Ressalto os pontos principais destacados pela própria Landor:
1) Nomes de marcas simples: a acirrada disputa pela atenção dos consumidores, principalmente nas redes sociais, requerem nomes de marca claros, sonoros, diretos, universais e de fácil associação aos atributos que se deseja comunicar. A estratégia de posicionar a marca corporativa (empresarial) ou outros padrões junto a descritivos de produtos ou linhas afirma-se como maneira de valorizar a organização e seu portfolio, como ocorre com a Apple (iWatch, iPad, iPhone etc.) e o Google (Play, Mail, Apps etc.). Quanto mais simples e global, melhor.
2) B2B entra na onda das mídias sociais: mesmo as empresas que não atendem diretamente a consumidores finais passam a ser cobradas por posicionarem-se em canais sociais. Ocultar-se não é mais uma opção em um mundo em que tudo é transparente. Independentemente de ter contato direto ou não junto ao cliente final no momento da venda, o mais importante consiste em criar e manter relacionamentos junto a todos os públicos. A empresa de contêineres e logística naval Maersk, por exemplo, mantém uma conta no Twitter na qual compartilha conteúdos de inspiração, notícias, curiosidades, fotos dos navios em plena atividade marítima e, com isso, engaja os indivíduos a ponto de reunir mais de 110 mil seguidores, o que contribui para elevar o conhecimento da marca, bem como sua reputação.
3) Responsabilidade Social (apenas) é coisa do passado: isso não quer dizer que deixou de ser importante, não se assuste. Porém, engana-se quem pensa ter nisso um diferencial. Fazer as coisas certas e do jeito correto é básico, assim como ter qualidade no que se oferece. A tendência, agora, é aprofundar o nível de exigência em relação ao comportamento das empresas. Os consumidores desejarão, cada vez mais, saber detalhadamente o que está por trás do comportamento e entregas das organizações.
4) Consumir será, cada vez mais, uma experiência: em um mundo cada vez mais padronizado e comoditizado, benefícios funcionais não bastam. Pense no que está além e ao redor da venda: que conteúdos são negociados com seus consumidores atuais e potenciais por meio de vivências em pontos de venda, canais online e móveis? Como as pessoas podem interagir mais intensamente com sua oferta, personalizando produtos e participando do desenvolvimento deles?
5) Marcas falarão como pessoas: mais do que ser autêntica e contar uma história, uma marca deve ter consciência da sua personalidade. Todo produto ou serviço deve ser envolto por uma narrativa que mostre os atributos, benefícios e propósito da marca com uma persona capaz de manter diálogos cada vez mais individualizados em um contexto no qual os cidadãos demandam respostas rápidas em canais sociais e outros meios de interação. A distância protocolar dos SACs terá de dar lugar a experiências individualizadas, emocionais e potencializadas pelas mais recentes tecnologias. Sem perder a eficiência, é claro.
Se isso não faz parte da sua realidade hoje, pode fazer em um piscar de olhos. Prepare-se!