Taxa de desemprego recua para 6,4% no terceiro trimestre, diz IBGE

Em São Paulo, a taxa passou de 6,4% para 6,0% no período, menor patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012

Estadão Conteúdo
22/Nov/2024
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A taxa de desemprego recuou de forma estatisticamente significativa em 7 das 27 Unidades da Federação na passagem do segundo trimestre de 2024 para o terceiro trimestre, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego teve elevação em apenas cinco Unidades da Federação, mas com variação dentro da margem de erro da pesquisa, ou seja, considerada estatisticamente não significativa. As demais 22 Unidades da Federação ou registraram queda efetiva ou tendência de redução, embora dentro da margem de erro da pesquisa.

Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 6,9% no segundo trimestre de 2024 para 6,4% no terceiro trimestre de 2024. Em São Paulo, a taxa de desemprego passou de 6,4% para 6,0% no período, menor patamar da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012.

No terceiro trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%), Distrito Federal (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,8%), enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%).

GÊNERO E RAÇA

O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no terceiro trimestre. A taxa foi de 5,3% para os homens e de 7,7% para as mulheres. 

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 5%, muito aquém do resultado para os pretos (7,6%) e pardos (7,3%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 10,8%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 3,2%.

TEMPO DE BUSCA POR EMPREGO

No terceiro trimestre de 2024, o país tinha 1,472 milhão de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 2,237 milhões.

Apesar do contingente ainda elevado, o total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais encolheu 20,4% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Houve redução de dois dígitos no número de desempregados por todas as faixas de tempo de procura.

"Este aquecimento da economia refletido na redução da taxa de desocupação, influencia diretamente na diminuição do tempo de busca por trabalho. Como consequência, reduz-se o número de pessoas que estavam há mais de dois anos procurando por uma ocupação", justificou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, em nota oficial.

Outras 765 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 19,1% menos indivíduos nessa situação ante o terceiro trimestre de 2023. No terceiro trimestre de 2024, 3,426 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 12,1% menos desempregados nessa situação do que no mesmo período do ano anterior, e 1,338 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês, um recuo de 17,6% nessa categoria de desemprego do que no terceiro trimestre de 2023.

O IBGE informou ainda que, no terceiro trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi mais elevada nos Estados do Piauí (33,8%), Bahia (28,6%) e Alagoas (26,5%). Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (5,1%), Rondônia (5,5%) e Mato Grosso (7,6%). Na média nacional, a taxa de subutilização foi de 15,7% no terceiro trimestre de 2024.

INFORMALIDADE

A taxa de informalidade foi maior no país, no terceiro trimestre deste ano, nos Estados do Pará (56,9%), Maranhão (55,6%) e Piauí (54,5%). Por outro lado, as Unidades da Federação com as taxas de informalidade mais baixas foram Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,2%) e São Paulo (30,6%).

No terceiro trimestre, a taxa de informalidade dos brancos (33,5%) era menor que a de pretos (41,8%) e pardos (43,2%). Quanto ao sexo, a informalidade era maior entre homens (40,1%) do que entre mulheres (37,1%).

No total do Brasil, a taxa de informalidade foi de 38,8% no terceiro trimestre deste ano.

 

IMAGEM: Paulo Pampolin/DC

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