Justiça condena cúpula da OAS na Lava Jato

A sentença foi para o presidente da construtora, Leo Pinheiro (foto) e mais três executivos, além de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. Habeas corpus para o presidente da Andrade Gutierrez foi negado

Redação DC
05/Ago/2015
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Justiça condena cúpula da OAS na Lava Jato

A Justiça Federal condenou a cúpula da OAS por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava Jato. O presidente da empreiteira José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, e o diretor-presidente Agenor Medeiros foram condenados a 16 anos e 4 meses de reclusão.

Os executivos Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Ricardo Nogueira Breghirolli pegaram onze anos de reclusão e Fernando Stremel foi condenado a quatro anos de reclusão.

Os delatores Paulo Roberto Costa , ex-diretor da Petrobras, e Alberto Youssef, doleiro, também foram condenados.

A OAS é a segunda empreiteira condenada na Lava Jato. Em 20 de julho, executivos ligados à Camargo Corrêa foram condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Na sentença em que condena os dirigentes da OAS, o juiz federal Sérgio Moro destaca que a prática do crime corrupção envolveu o pagamento de R$ 29,2 milhões à Diretoria de Abastecimento da Petrobras, um valor muito expressivo.

Segundo a sentença, um único crime de corrupção envolveu pagamento de cerca de R$ 16 milhões em propinas. Moro fixou o regime fechado para o início de cumprimento da pena dos executivos da OAS.

Procurada pela Agência Brasil, a OAS declarou que não foi comunicada sobre a sentença e que vai se manifestar após "inteiro conhecimento do teor" da decisão. 

Desde que começou a ser investigada pela operação Lava Jato, a companhia passa por dificuldades. Com dívida de R$ 9 bilhões, a OAS apresentou em junho seu plano de recuperação judicial. 

O documento prevê a venda da fatia do grupo na Invepar, um dos maiores players no setor de infraestrutura. A principal candidata é a canadense Brookfield Infraestructure, que fez um empréstimo de R$ 800 milhões à OAS, tendo como contrapartida a participação do grupo na Invepar, que atua em projetos de infraestrutura. 

A fatia de 24,5% foi incluída na recuperação por pouco mais de R$ 2 bilhões, mas a tendência é que seja fechado um valor menor. 

ODEBRECHT E ANDRADE GUTIERREZ: HABEAS CORPUS NEGADO

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou, por unanimidade, nesta quarta-feira (05/08) pedido de habeas corpus para o empresário Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez. Ele está preso desde 19 de junho quando foi deflagrada a Operação Erga Omnes, 14ª fase da Operação Lava Jato.

A empreiteira é investigada por suspeita de participar do cartel que se apossou de contratos bilionários na Petrobrás.

No mesmo dia da prisão de Otávio Marques, o empresário Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da maior empreiteira do país, também foi detido.

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou os pedidos de habeas corpus dos cinco executivos da Odebrecht presos preventivamente, entre eles Marcelo

Foto: Estadão Conteúdo

* Com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil

 

 

 

 

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