Inadimplência das empresas cresce 3,3% em 2016
A expectativa é de manutenção dos baixos níveis de inadimplência, dada a perspectiva de retomada da atividade econômica e como consequência da diminuição dos juros

No terceiro ano seguido de alta, a inadimplência das empresas brasileiras subiu 3,3% em 2016, conforme balanço da Boa Vista Serviços, empresa que presta serviço de proteção ao crédito.
Apesar do resultado negativo, o índice de calotes, que começou 2016 marcando alta de 9,6% em 12 meses no primeiro trimestre, perdeu ritmo no restante do ano, influenciado, em parte, pela queda nas concessões de crédito.
A expectativa da Boa Vista é de manutenção dos baixos níveis de inadimplência nos próximos trimestres, dada a perspectiva de retomada da atividade econômica e como consequência da diminuição dos juros, fatores que, em conjunto, reduzem o custo da dívida e fortalecem o caixa das empresas.
A empresa calcula o indicador com base nos registros de cheques devolvidos, títulos protestados e apontamentos feitos em seu sistema de proteção ao crédito. Em 2014, a inadimplência avançou 4,4% e em 2015, 8,9%.
Só no último trimestre do ano passado, a inadimplência das companhias caiu 2,4% na comparação com o terceiro trimestre, em conta que desconta efeitos sazonais. Frente ao mesmo trimestre de 2015, a queda foi de 2,1%.
APENAS 1% DOS EMPRESÁRIOS CONSIDERA ECONOMIA ÓTIMA OU BOA
Levantamento do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) mostra que apenas 1% dos empresários do setor considera o cenário econômico brasileiro ótimo ou bom. Segundo a pesquisa, 20% deles veem a economia brasileira como regular. Para 78%, a situação é ruim ou péssima.
Apesar da avaliação negativa sobre o cenário atual, a maioria dos empresários de micro e pequenas indústrias diz confiar que haverá uma retomada na economia do país em 2017: 55% acreditam que este ano será melhor do que 2016; 33% disseram que será igual e 6% preveem um ano pior. Outros 6% não souberam opinar sobre o tema.
“As micro e pequenas indústrias estão otimistas diante de um quadro de receitas negativas, ou seja, de uma base deteriorada. Essa expectativa se baseia na esperança da estabilidade econômica do país, principalmente pelo retorno do crédito. É uma expectativa de crescimento vinculada a decisões políticas”, disse o presidente do Simpi, Joseph Couri.
O levantamento foi feito com base em 310 entrevistas com responsáveis por micro e pequenas indústrias no estado de São Paulo, entre os dias 7 e 22 de dezembro.
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Com informações de Agência Brasil