Falta crédito para micro e pequenos empreendedores, diz Afif
Segundo o ministro, as micro e pequenas empresas são uma alternativa para os cidadãos em momento de crise e perda de emprego

O sistema financeiro brasileiro é um dos mais concentrados do mundo e não oferece crédito para os micro e pequenos empreendedores. "Hoje temos basicamente três bancos privados, tem um que está saindo, o HSBC, e dois bancos públicos que captam a poupança inteira do país. Eles captam de todos para emprestar para alguns”, afirmou em entrevista no programa de rádio Bom Dia, Ministro.
Afif disse ainda que o crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) atende a poucas micro e pequenas empresas. “Chega ao maior dos pequenos”, disse.
Para o ministro, seria necessária uma reforma estrutural no sistema financeiro para que haja mais concorrência entre os bancos e, por consequência, seja ofertado mais crédito e com taxas de juros menores. “Vamos ter que mexer estruturalmente no sistema bancário brasileiro”, acrescentou Afif. Ele disse ainda que as micro e pequenas empresas se financiam atualmente diretamente com os fornecedores por não encontrarem alternativas nos bancos.
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O ministro acrescentou que as micro e pequenas empresas têm garantido o emprego e a renda no país. “Hoje está demonstrado que o andar de baixo da economia está bem melhor que o andar de cima. O andar de cima está complicado. Estamos com a crise. O desemprego acontece em massa nas grandes empresas, que aliás foram as que receberam a maioria dos incentivos”, disse.
Segundo o ministro, as micro e pequenas empresas são uma alternativa para os cidadãos em momento de crise e perda de emprego. “Nos períodos de crise, o cidadão busca novas oportunidades”. Ontem (17/06), o governo comemorou a marca de 5 milhões de trabalhadores formalizados por meio do MEI (Microempreendedor Individual).
Questionado sobre a inadimplência dos empreendedores com os tributos, Afif disse que o problema é gerado pela dificuldade de acesso às guias disponíveis para imprimir na internet. Ele argumentou que nem todos os cadastrados têm acesso frequente à rede de computadores. Por isso, em fevereiro a secretaria decidiu enviar boletos pela internet.