Terrorismo e estado de calamidade podem ser obstáculos para Olimpíada

A 48 dias para o início do evento, Rio de Janeiro decreta estado de calamidade pública e ministro da Justiça diz que troca de mensagens sobre Estado Islâmico em português não preocupa

Redação DC
17/Jun/2016
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Terrorismo e estado de calamidade podem ser obstáculos para Olimpíada

Nem uma crise financeira profunda e nem a estrutura para prevenir atos terroristas ameaçam a realização da Olimpíada no Brasil, embora ambos os fatos tragam uma pitada de emoção, a pouco mais de um mês para o início do evento. 

Em medida preventiva, o governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, decretou estado de calamidade pública no estado na tarde desta sexta-feira (17/06). No texto, publicado no Diário Oficial do Estado, o governador afirma que o decreto visa garantir o cumprimento das obrigações estaduais com a realização dos Jogos Olímpicos, que terão início dia 5 de agosto próximo.

A crise econômica que atinge o estado, a queda na arrecadação com o ICMS e os royalties do petróleo, a dificuldade em honrar os compromissos para a realização dos jogos, dificuldades na prestação de serviços essenciais, como nas áreas de segurança pública, saúde, educação e mobilidade, são os itens que encabeçam a lista de motivos que levaram à decretação da medida.

O governador justifica a medida dizendo que "já neste mês de junho as delegações estrangeiras começam a chegar na cidade do Rio de Janeiro, a fim de permitir a aclimatação dos atletas para a competição que se inicia no dia 5 de agosto. 

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Como os eventos são importantes e vão repercutir mundialmente, qualquer desestabilização institucional implicará um risco para a imagem do país de dificílima recuperação.

Segundo o documento, o estado de calamidade pública ocorre "em razão da grave crise financeira no Estado do Rio de janeiro, que impede o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016". 

O texto conclui que as autoridades competetentes "ficam autorizadas a adotar medidas excepcionais necessárias à regulamentação do estado de calamidade pública para a realização das competições".

O Planalto do Planalto informou que não irá se manifestar sobre o decreto. Está prevista para segunda-feira (20/06), a reunião do presidente interino Michel Temer com governadores para a discutir a crise nos estados. O governador do Rio de Janeiro irá participar do encontro.

Em comunicado divulgado pelo Twitter, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, assegurou que o estado de calamidade pública, decretado pelo governo estadual, “em nada atrasa as entregas olímpicas e os compromissos assumidos pelo Rio”.

Ainda na rede social, o prefeito afirmou que confia na parceria com o governo federal para garantir a segurança dos Jogos de 2016: “No próprio tema da segurança dos jogos - ao qual a prefeitura não tem responsabilidades – temos a certeza que a parceria com o governo federal funcionará. Portanto, quero renovar aqui a confiança de que realizaremos jogos excepcionais!”

NÃO HÁ RISCO DE TERRORISMO"

Em encontro realizado na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Alexandre de Moraes, ministro da Justiça e Cidadania, disse nesta sexta-feira (17/06), que não há alterações em relação à segurança e à troca de informações entre as agências de inteligência para os Jogos Olímpicos do Rio. 

O comentário foi feito após a descoberta de mensagens pelo aplicativo Telegram, de troca de informações sobre o Estado Islâmico, em português. 

O grupo está sendo monitorado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e, segundo o ministro, não há risco de terrorismo para a população.

"A Abin simplesmente confirmou a existência desse site. Nós já tínhamos essa confirmação. Nada de específico, nada de concreto. Todos podem ficar absolutamente tranquilos", afirmou o ministro.

FOTO: Thinkstock

Com informações da Agência Brasil

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