Número de brasileiros com dívidas em atraso cai em 2016

A queda foi de 7%, na comparação com 2015. Contas de cartão de crédito, luz e internet foram as que apresentaram maior quantidade de atrasos, de acordo com SPC e CNDL

Estadão Conteúdo
08/Fev/2017
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Número de brasileiros com dívidas em atraso cai em 2016

Caiu para 46% o percentual de brasileiros que atrasaram ou deixaram de pagar alguma conta em 2016, contra 53% registrados no ano anterior.

Os números foram apontados pela pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Os compromissos que apresentaram maior quantidade de atrasos foram as contas de cartão de crédito (19%), luz (17%) e internet (13%) - que avançou 4 ponto porcentual ante 2015.

Do grupo que atrasou ou deixou de honrar pagamentos nos últimos 12 meses, 65% teve incluído ou ainda está listado em algum serviço de proteção ao crédito.

Em 2015, o número chegou a 68%. Entre as classes C, D e E, o porcentual sobe para 69%. Do total negativado em 2016, apenas 15% conseguiu regularizar a situação, enquanto 50% segue com nome sujo.

No último relatório de inadimplência do SPC Brasil e CNDL, divulgado no fim de 2016, 58,3 milhões (39%) de brasileiros adultos estavam em listas de inadimplência.

A pesquisa verificou mudança de hábitos entre 89% dos brasileiros que tiveram o nome sujo ao menos uma vez nos últimos 12 meses:

- 34% passaram a refletir mais antes de comprar;

- 30% implementaram controle de gastos;

- 27% passaram a comprar apenas à vista;

- 24% deixaram de emprestar o nome a terceiros;

- 23% evitaram utilizar o cartão de crédito;

- 11% chegaram a cancelar cartões

A maioria dos entrevistados (77%) ouvidos pela pesquisa apresentou uma compreensão equivocada sobre o que significa estar endividado.

Para 45%, estar endividado corresponde a ter dívidas em atraso. Já para 31%, a pessoa está endividada quando tem o nome em entidades de proteção ao crédito.

Apenas um grupo de 21% compreende que parcelas a vencer ou empréstimos realizados torna a pessoa endividada.

A portabilidade, ou possibilidade de transferir a dívida para uma instituição que ofereça melhores condições de pagamento, só foi utilizada por 10% dos entrevistados.

"Apesar de pouco utilizada e conhecida, a portabilidade de crédito é uma opção válida e de grande ajuda para amenizar o pagamento da dívida de quem já se complicou com as finanças", afirma o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

*Foto: Thinkstock

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