Número de bares e restaurantes que operam no prejuízo cai em agosto

Levantamento da Abrasel aponta que, por outro lado, as empresas que fecharam o mês com lucros aumentaram de 39% para 42%. Resultados também revelam que as eleições de outubro podem impactar o faturamento de parte do setor

Redação DC
25/Set/2024
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Número de bares e restaurantes que operam no prejuízo cai em agosto

Pesquisa mensal da Abrasel trouxe notícias animadoras para o setor: o número de empresas que operam com prejuízo diminuiu em agosto. De acordo com o levantamento, 21% dos estabelecimentos registraram perdas no último mês, uma queda significativa em relação aos 26% observados em julho.

Ao mesmo tempo, o percentual de empresas que conseguiram fazer lucro aumentou de 39% para 42%, enquanto 36% mantiveram equilíbrio financeiro, e 1% não soube responder ou não existia em agosto de 2024. A pesquisa foi realizada com 2.041 empresários em todo o país.

Os dados refletem a melhora no movimento captada pelo índice Abrasel-Stone, que registrou um crescimento de 4% em agosto, revertendo a tendência de queda observada nos dois meses anteriores.

O índice apresentou uma melhora em 22 dos 24 estados analisados e, em comparação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 2%.

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, comentou que a retomada das vendas em agosto é um bom sinal, mas o setor ainda enfrenta pressões significativas. “Hoje, 57% das empresas ainda não conseguem lucrar, e o setor tem enfrentado novas ameaças, como a concorrência das apostas online, as chamadas bets. Essas apostas têm impedido uma retomada ainda mais forte em um momento de baixa no desemprego e de maior poder de compra da população", afirma. 

A pesquisa também indicou que as eleições de outubro podem impactar o faturamento de parte do setor. Mais de um quarto das empresas, 27%, acredita que a votação reduzirá o faturamento em outubro, enquanto 15% esperam um aumento nas receitas. Para 58%, as eleições não terão influência.

Em relação à Lei Seca, vigente em algumas cidades durante o período eleitoral, 27% dos empresários acreditam que ela afeta negativamente o movimento. Outros 67% consideram a medida indiferente, e 6% a veem como positiva para o faturamento.

Solmucci destacou ainda a maturidade da democracia brasileira, apontando que a flexibilização de medidas como a Lei Seca em algumas regiões do país demonstra um avanço importante para os bares e restaurantes. "Alguns estados, como Minas Gerais, já não terão lei seca nas eleições este ano - o que o setor entende como positivo pois a medida limita o funcionamento dos estabelecimentos", acredita.

FOTO: Divulgação

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