Montadoras se preparam para competir no mercado global

Governo e fabricantes de veículos se reuniram nesta terça-feira, 25/04, para tratar da nova política para o setor automotivo

Estadão Conteúdo
25/Abr/2017
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Montadoras se preparam para competir no mercado global

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) encaminhou propostas ao governo para compor a nova política para o setor automotivo que está sendo elaborada para substituir o InovarAuto.

Antonio Megale, presidente da Anfavea, se encontrou com o presidente Michel Temer nesta terça-feira, 25/04, para quem entregou um estudo com alguns cenários para o do setor até 2030. 

"Foi uma contribuição do setor de como deveria ser uma política pós o InovarAuto. Precisamos preparar a indústria automobilística para competir no mercado global", afirmou Megale.

Com taxa de ociosidade acima de 50% de seu parque produtivo e respondendo por 22% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial, a indústria automobilística quer construir o sucessor do InovarAuto, que acaba em 31 de dezembro. 

Entre as propostas da nova política está um novo sistema de cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis. Em vez das cilindradas, como é hoje, poderá ser adotada como critério a eficiência energética. Motores mais econômicos recolheriam menos imposto.

Megale afirmou que no estudo, denominado Agenda Automotiva Brasil, não há nenhuma sugestão de incentivo fiscal. 

O presidente da Anfavea afirmou ainda que a ideia do setor é buscar mais previsibilidade e uma visão de longo prazo. 

O objetivo da Agenda Automotiva Brasil, segundo Megale, é preparar a indústria automobilística brasileira para as transformações tecnológicas do setor, com ações que contemplam a recuperação da base de fornecedores e estímulos à pesquisa, desenvolvimento e engenharia, além de previsibilidade na implantação de metas de eficiência e de equipamentos de segurança veicular como itens de série.

REFORMAS

O presidente da Anfavea disse ainda que apoia as medidas que estão sendo implementadas, principalmente a reforma trabalhista. Segundo Megale, a reforma trabalhista vai trazer mais confiança ao empregador e resultar em novos investimentos.

Ao ser questionado sobre as dificuldades que o governo pode enfrentar para aprovar as reformas em questão e qual o impacto disso para as projeções do setor, ele disse que acompanha o ambiente político, sabe que ele interfere no econômico, mas que acredita que gradualmente há uma conscientização da importância de se implementar as medidas.

IMAGEM: Thinkstock

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