Índice de reajuste de aluguel tem queda de 0,93% em maio

Levantamento da FGV indica que a principal contribuição para a desaceleração no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) veio do grupo Alimentação, que apresentou deflação de 0,13% ante alta 0,90% em abril.

Estadão Conteúdo
30/Mai/2017
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Índice de reajuste de aluguel tem queda de 0,93% em maio

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,93% em maio ante variação negativa de 1,10% em abril, de acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M reduziu levemente a deflação, ao sair de -1,77% em abril para -1,56% em maio. Na mesma base de comparação, o IPC-M ficou em 0,29% após 0,33%.

O INCC-M acelerou para 0,13%, de deflação de 0,08% no mês anterior. A variação acumulada do IGP-M em 12 meses até maio é de 1,57%. Já no ano, o indicador acumula retração de -1,29%.

IPAs

Os preços dos produtos agropecuários no atacado, medidos pelo IPA agropecuário, caíram 1,84% em maio depois da queda forte de 4,30% em abril, informou a FGV.

Já os preços de produtos industriais mensurados pelo IPA Industrial intensificaram o ritmo de retração, ao declinarem 1,45%, na comparação com o recuo de 0,85% no quarto mês do ano.

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Os preços dos bens intermediários subiram para 0,06% em maio em relação à taxa negativa de 0,77% apurada em abril. Já a variação dos bens finais desacelerou para 0,06%, depois da alta de 0,36% no quarto mês do ano.

Os preços das matérias-primas brutas tiveram deflação um pouco maior em relação a abril, saindo de -5,22% para -5,26%.

A deflação menor do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) em maio ante abril (de -1,77% para -1,56%) tem influência da aceleração dos preços dos Bens Intermediários (-0,77% para 0,06%) no mês.

O movimento segue a mesma direção do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que registrou deflação levemente menor em maio (-0,93%), de -1,10% em abril.

Dentro de Bens Intermediários, a FGV destaca a contribuição do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,79% para 0,01%.

As outras etapas de produção, por sua vez, caminharam em sentido contrário. Os Bens Finais desaceleraram de 0,36% para 0,06% por influência de alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 5,13% para -1,06%.

Já as Matérias-Primas Brutas tiveram deflação ligeiramente maior (de -5,22% para -5,26%). Os itens minério de ferro (-5,24% para -18,20%), cana-de-açúcar (0,11% para -3,86%) e leite in natura (3,68% para 0,93%) ajudaram esse movimento.

IPC

A principal contribuição para a desaceleração registrada em maio no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), veio do grupo Alimentação, que apresentou deflação de 0,13% ante alta 0,90% em abril.

No mesmo intervalo de tempo, o IPC-M passou de 0,33% para 0,29% e o IGP-M registrou deflação menor, de -1,10% para -0,93%. Nesta classe de despesa, a Fundação Getulio Vargas (FGV) destacou o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 14,86% para -0,05%.

De acordo com a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras três das oito classes de despesas que compõem o indicador: Educação, Leitura e Recreação (0,16% para -0,44%), por influência de passagem aérea (4,31% para -14,23%); Saúde e Cuidados Pessoais (1,07% para 0,93%), com destaque para artigos de higiene e cuidado pessoal (1,50% para -0,34%); e Despesas Diversas (0,37% para 0,25%), por contribuição de cigarros (0,31% para 0,00%).

No sentido contrário, quatro classes de despesas apresentaram acréscimo nas variações: Habitação (0,02% para 0,80%), Vestuário (-0,65% para 0,51%), Transportes (-0,25% para -0,08%) e Comunicação (0,21% para 0,73%).

As maiores influências de baixa para o IPC-M na passagem de abril para maio foram passagem aérea (4,31% para -14,23%), tomate (55,45% para -9,80%), laranja pera (-2,76% para -10,35%), gasolina (mesmo com a taxa mais alta, de -1,75% para -0,79%) e etanol (apesar da deflação menor, de -4,11% para -2,07%).

A lista de maiores pressões positivas, por sua vez, é composta por tarifa de eletricidade residencial (-1,73% para 4,57%), plano e seguro de saúde (mesmo com a leve desaceleração de 0,99% para 0,98%), batata-inglesa (a despeito da taxa menor, de 18,81% para 16,13%), condomínio residencial (0,25% para 1,16%) e refeições em bares e restaurantes (apesar do alívio de 0,51% para 0,24%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em maio, variação de 0,13%, como já havia sido divulgado no dia 26 de maio. Em abril, o resultado do INCC foi negativo em 0,08%.

IMAGEM: Thinkstock

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