Iguatemi prevê investimentos de até R$ 400 milhões em 2025

O montante será destinado, principalmente, para o início das obras de expansão do Iguatemi Brasília e o Iguatemi São Paulo

Estadão Conteúdo
19/Fev/2025
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Iguatemi prevê investimentos de até R$ 400 milhões em 2025

A Iguatemi pretende realizar investimentos de R$ 330 milhões a R$ 400 milhões em 2025, conforme meta divulgada pela companhia na noite de terça-feira, 18. O montante, se confirmado, será bem maior do que os R$ 234 milhões de 2024.

Esse aumento está relacionado, principalmente, ao início das obras de expansão de dois empreendimentos neste ano - o Iguatemi Brasília e o Iguatemi São Paulo - com aportes previstos na ordem de R$ 120 milhões e R$ 150 milhões. Além disso, a Iguatemi pretende investir entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões com o desenvolvimento da infraestrutura do bairro planejado de Campinas (SP). O restante vai para manutenção dos shoppings, ações comerciais, tecnologia da informações e outros fins.

A projeção de investimentos não inclui aquisições de empreendimentos. "Estamos bem tranquilos com nossos guidances (metas)", afirmou o vice-presidente financeiro da Iguatemi, Guido Oliveira. "O ano de 2024 foi excelente. E para 2025 estamos otimistas, apesar do cenário macroeconômico mais difícil por causa do aumento da taxa de juros", disse. Oliveira frisou que a Iguatemi está em seu ápice em termos de desempenho operacional e financeiro, tendência que deve ser mantida neste ano. "Estamos muito confortáveis".

A empresa também divulgou projeção de crescimento da receita líquida dos shoppings entre 7% a 11% neste ano, o que aponta para uma aceleração em relação ao ano passado, quando a expansão foi de 7,2%.

A margem Ebitda dos shoppings para o ano foi estimada entre 82% a 85%, enquanto a margem Ebitda total prevista foi de 75% a 79%.

A Iguatemi atingiu a ocupação recorde de 97,7% dos shoppings, com valores de aluguéis mais altos e cortes de descontos para os lojistas - fatores que devem sustentar o crescimento da receita ao longo do ano, citou Oliveira.

As vendas totais nos shoppings da Iguatemi foram de R$ 7 bilhões no quarto trimestre de 2024, aumento de 19,2% em relação ao mesmo período de 2023.

A companhia destacou que o movimento nos shoppings seguiu forte neste começo de ano. Em janeiro, as vendas totais subiram 18,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, já abrangendo os números do recém-adquirido Riosul. Considerando os mesmos shoppings, a alta em janeiro foi de 10%.

A inadimplência dos lojistas ficou negativa em 3%. Isso acontece quando a empresa recupera mais valores antigos do que sofre de novos atrasos.

LUCRO

A Iguatemi reportou lucro líquido ajustado de R$ 164,1 milhões no quarto trimestre de 2024, 21,9% acima do mesmo período de 2023. A margem líquida ajustada foi de 43,7%, aumento de 3,0 ponto porcentual na mesma base de comparação. O crescimento do lucro da Iguatemi está relacionado, principalmente, à expansão no faturamento dos shoppings e do seu braço de varejo, segundo a empresa.

No ano inteiro de 2024, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 399,4 milhões, avanço de 31,1% ante 2023. Já a margem líquida ajustada no ano foi a 37,6%, melhora de 6 pontos porcentuais. O critério 'ajustado' exclui o efeito contábil da linearização dos aluguéis, da participação na Infracommerce e do resultado do swap de ações.

O Ebitda ajustado e consolidado atingiu R$ 315,3 milhões no trimestre, avanço de 19,4% na comparação anual. A margem Ebitda ajustado foi de 84,0% no trimestre, alta de 4,2 p.p. na mesma base de comparação. No ano, o Ebitda ajustado e consolidado superou a marca de R$ 1 bilhão pela primeira vez. Ele foi a R$ 1,024 bilhão, alta de 11,4% em relação ao ano anterior.

O FFO ajustado atingiu R$ 219,3 milhões no trimestre, expansão de 23,3%, com margem FFO ajustada de 58,4%, alta de 4,6 p.p. No ano, o FFO ajustado totalizou R$ 693,3 milhões, alta de 23,2%.

A receita líquida no último trimestre de 2024 alcançou R$ 375,2 milhões, aumento de 13,5%. No ano, somou R$ 1,321 bilhão, expansão de 7,7%. De outubro a dezembro de 2024, a empresa reportou crescimento de 8,3% na receita com locação, indo a R$ 275 milhões, resultado do aumento da ocupação dos shoppings, ajustes em contratos de locação e recuperação de valores atrasados.

Já a receita com estacionamento subiu 12,9%, para R$ 65,5 milhões, enquanto a receita do braço de varejo (Iguatemi 365 e I-Retail) apresentou alta de 32,6%, para R$ 62,3 milhões, na mesma base de comparação.

A companhia reportou despesas administrativas de R$ 41,8 milhões ao final de dezembro, crescimento de 35,3%. A alavancagem (dívida líquida/Ebitda ajustado) encerrou o trimestre em 1,84 vez, já considerando a saída de caixa com o Riosul. Com os resultados, a companhia ficou dentro das metas divulgadas para 2024. 

 
IMAGEM: divulgação

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