Fiesp: aumento de CSLL e JCP prejudica produção e gera incertezas
Na última sexta-feira, o governo enviou projeto ao Congresso que eleva a alíquota da CSLL em até 2 pontos percentuais, além de aumentar de 15% para 20% a alíquota do imposto de renda retido na fonte incidente nos juros sobre capital próprio (JCP)
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) se manifestou nesta segunda-feira, 2/9, contra a proposta do governo de subir alíquotas de impostos que recaem sobre o lucro de empresas e acionistas, alegando que a medida agravaria a já "insustentável" carga tributária, sendo prejudicial à produção e ao emprego.
Ao frisar que o equilíbrio das contas públicas só virá com crescimento econômico, a Fiesp aponta que a medida terá resultado "diametralmente oposto" à intenção do governo de encontrar uma solução para as contas públicas.
No sábado, 31, o presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que será "quase impossível" a aprovação do projeto. Na nota desta segunda, a Fiesp diz que, embora confie na rejeição do Congresso a mais um aumento de imposto, as tentativas reiteradas de elevação de tributos geram incertezas nos agentes econômicos.
"Isso, por si só, já desacelera investimentos, custando caro em termos de crescimento futuro", comenta a entidade da indústria paulista, que também cobra diálogo dos poderes da República com os setores econômicos na busca por medidas que combinem equilíbrio do orçamento público com redução da carga tributária.
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