Energia, alimentos e combustível ajudaram a frear a inflação

IPCA fechou o mês de junho com deflação de 0,23%, a primeira registrada em 11 anos. O resultado ficou 0,54 ponto percentual acima dos 0,31% de maio

Estadão Conteúdo
07/Jul/2017
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Energia, alimentos e combustível ajudaram a frear a inflação

O resultado é o mais baixo para o mês de junho desde o início do Plano Real e o primeiro resultado mensal negativo desde os 0,21% de 2006. Em agosto de 1998, a taxa atingiu -0,51%.

Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 1,18%, bem menos do que os 4,42% registrados no mesmo período do ano passado.

Considerando os primeiros semestres do ano, é o resultado mais baixo da série histórica. Em relação aos últimos 12 meses, o índice acumulado foi para 3%, abaixo dos 3,6% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.

A deflação de 0,23% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em junho foi o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, além de representar o primeiro resultado negativo da série histórica desde junho de 2006, quando o IPCA registrou deflação de 0,21%. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho de 2016, o IPCA havia sido de 0,35%.

Como resultado, a taxa acumulada em 12 meses do IPCA diminuiu de 3,60% em junho para 3,00 em maio, abaixo do centro da meta estipulada pelo governo federal. O resultado volta ao patamar de abril de 2007 e é o mais baixo desde março daquele ano, quando estava em 2,96%.

IGP-DI

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,96% em junho, após o recuo de 0,51% em maio, divulgou nesta sexta-feira (7/07), a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma redução de 2,58% no ano e queda de 1,51% em 12 meses.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve queda de 1,53% em junho, após um recuo de 1,10% em maio.

O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, teve redução de 0,32%, ante um crescimento de 0,52% em maio. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,93% em junho, após a elevação de 0,63% em maio.

Os alimentos, os combustíveis e a energia elétrica ajudaram a frear a inflação ao consumidor no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A maior contribuição para o recuo da taxa partiu do grupo Habitação, que saiu e aumento de 1,71% em maio para redução de 0,74% em junho, sob impacto da tarifa de eletricidade residencial, que passou de alta de 10,88% para queda de 6,56% no período.

Além de Habitação, outras cinco entre as oito classes de despesas tiveram taxas de variação menores: Alimentação (de -0,26% para -0,71%), Transportes (de 0,08% para -0,53%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,75% para 0,52%), Comunicação (de 0,28% para -0,10%) e Despesas Diversas (de 0,48% para 0,31%). Os destaques foram os itens hortaliças e legumes (de -2,49% para -7,11%), gasolina (de 0,01% para -2,86%), medicamentos em geral (de 1,06% para -0,07%), mensalidade para TV por assinatura (de 1,04% para 0,00%) e tarifa postal (de 6,32% para 2,07%), respectivamente.

Na direção oposta, houve aumento nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de -0,08% para 0,21%) e Vestuário (de 0,70% para 0,86%), sob influência de itens como passagem aérea (de -9,57% para 13,02%) e calçados (de 0,10% para 0,72%).

O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,20% em junho, ante aumento de 0,33% em maio. Dos 85 itens componentes do IPC, 44 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 51,78% em junho, ante 55,03% em maio.

MÃO DE OBRA

Os custos mais altos com a mão de obra na construção impulsionaram a inflação do setor no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) registrou alta de 0,93%, ante um avanço de 0,63% em maio. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve ligeira queda de -0,01% em junho, após ter se mantido estável no mês anterior.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra subiu 1,70% em junho, ante um aumento de 1,16% em maio.

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