Demanda do consumidor por crédito sobe 0,7% em janeiro
O crescimento na análise de longo prazo voltou a desacelerar, mas movimento pode ser temporário, segundo a Boa Vista
O indicador da Boa Vista de Demanda por Crédito do Consumidor subiu 0,7% entre os meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024 na comparação dos dados dessazonalizados.
O resultado contou com a contribuição de ambas as aberturas do indicador - financeiro e não-financeiro -, já que o primeiro apontou alta de 1,4%, e o segundo foi mais tímido, de 0,3%.
Na série de dados originais, foi observada uma elevação total de 5,5% na comparação interanual, com o segmento Financeiro crescendo 11,7% e o Não Financeiro 1,3%.
Na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o crescimento voltou a desacelerar, ainda que pouco, passando de 4,0% para 3,9%. Isto aconteceu por conta da desaceleração no segmento Financeiro, que passou a apontar alta de 9,2%, ante 9,6% nos meses de novembro e dezembro do ano passado. Por outro lado, o segmento Não Financeiro segue em ritmo de recuperação, e teve seu crescimento acelerado de 0,3% para 0,4%.
Apesar do recuo em janeiro, os fatores condicionantes apontam para um ano positivo para o crédito - tanto que não seria uma surpresa se a tendência mudasse mais uma vez nos próximos meses, diz o economista da Boa Vista, Flávio Calife.
"A inadimplência pode cair mais um pouco, o número de novos registros já iniciou o ano em queda de 0,7% e a inflação está sob controle, o que permite ao Banco Central avançar nos cortes da taxa Selic, o mercado de trabalho segue forte e o endividamento das famílias está caindo, ainda que num ritmo lento”, destaca.
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