Confira os vencedores do Prêmio Comércio Histórico, da ACSP e DC News

Os ganhadores receberam uma placa, um diploma e a chancela oficial como empreendimento histórico da cidade

Redação DC
21/Mar/2025
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Confira os vencedores do Prêmio Comércio Histórico, da ACSP e DC News

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e sua agência de notícias, a DC News, realizaram na tarde de quinta-feira (20) a primeira edição da premiação contemplada pelo projeto Comércio Histórico - Estabelecimentos Tradicionais de São Paulo.

A iniciativa, que agraciou dez empreendimentos tradicionais do Centro da capital paulista (veja a lista abaixo), foi inspirada em ações feitas em cidades italianas como Roma e Bolonha, que concedem a esses endereços status de pontos obrigatórios de visita.

A premiação da ACSP é também uma maneira de reconhecer a importância desses estabelecimentos para a cidade, e dos empresários que estão atrás dos balcões.

Cada vencedor paulistano receberá uma placa e um diploma, e a chancela oficial como empreendimento histórico. Suas histórias serão destacadas no website www.comerciohistorico.com.br.

Esse primeiro grupo de homenageados envolve dez estabelecimentos com mais de 100 anos, todos da área central da cidade de São Paulo. Mas a ideia é que a premiação chegue a todos os bairros da capital nas próximas edições, envolvendo empresas de todos os segmentos.   

Confira os premiados:

 

BAR GUANABARA - Fundado em 1910 por Ângelo Martinez, é conhecido como o bar mais antigo de São Paulo e por pratos como a parmegiana e a coxa creme. Ficou na rua Boa Vista até 1968 (o imóvel foi desapropriado para obras do Metrô), ano em que foi adquirido pelo empresário Nelson de Abreu Pinto (e há 20 anos é administrado por Fabio Candido de Almeida). Desde então, o bar ocupa uma esquina do Vale do Anhangabaú, na avenida São João.

BASILICATA - Agricultor vindo da Itália, Filippo Ponzio abriu um armazém em 1914. Passou a assar pães, em um forno que existe até hoje, que eram levados aos fregueses em carroça. Na quarta geração, dos Laurenti-Lorenti, a casa mudou para o imóvel ao lado e ampliou seu espaço, na rua 13 de Maio, profissionalizando a gestão. Hoje, os pães chegam a 600 estabelecimentos em São Paulo.

CARLINO - Restaurante mais antigo de São Paulo, foi aberto por Carlo Cecchini em 1881. É ele que dá o nome do estabelecimento. Em 1949, Marcello Gianni se tornou o novo proprietário. Até 1977/78, quando Antonio Carlos Marino assumiu. Três famílias, todas de Lucca (Itália), três endereços – o atual é na rua Epitácio Pessoa. Desde 2021, Bianca e Bruno, filhos de Marino, cuidam do Carlino.

CASA GODINHO - Miguel Romano comanda a Casa Godinho há 30 anos, na rua Líbero Badaró. E nunca abriu mão de duas características que fazem parte da história dela desde as origens, em 1888: oferecer produtos de alta qualidade e o rigor no atendimento impecável a cada cliente. Um ícone do Centro Histórico paulistano.

CASTELÕES - Sinônimo de pizza em São Paulo, a Castelões está instalada em uma pequena rua (Jairo Góis) no bairro do Brás. Completou 100 anos em 2024. O atual dono, Fabio Donato, representa a terceira geração, depois do avô Vicente e do pai, João. Ele prepara a primeira reforma no prédio em seu primeiro centenário. Ao lado da namorada, Cláudia, vai mexer no cardápio também, acrescentando opções de massa e outros pratos. Sem esquecer a tradição.

ITALIANINHA - Fundada em 1896 por um imigrante do sul da Itália, ela se chamava Lucânia. Virou Italianinha quando seu salão foi reduzido pelo alargamento da rua Rui Barbosa, na Bela Vista (Bixiga). Comandada pela família Franciulli desde os anos 60, está nas mãos de quatro irmãs – e agora uma sobrinha seguirá com o legado.

14 DE JULHO - Rafaelli Franciulli, também vindo do sul da Itália, abriu a padaria em 14 de julho de 1879, referência à rua do Bixiga onde está instalada até hoje. Era um mecânico que queria abrir oficina e acabou no ramo dos pães. Agora, na terceira geração, com o chef Alexandre Franciulli (e a esposa, Flávia), e já com a quarta a caminho: os filhos Lucca e Fernando. A tradição de jogar farinha na calçada está mantida.

REI DO FILET - Antigo Filet do Moraes (chapeiro que começou com a tradição culinária da casa), o restaurante completará 111 anos em abril. O carro-chefe é aquele conhecido filé de 500 gramas e 16 opções de acompanhamento. Para atender a pedidos de clientes, a casa criou versões menores, de 250 e 130 gramas. Duas famílias portuguesas abriram a casa, e os descendentes mantêm o local, no atual endereço (praça Julio Mesquita) desde 1929.

SANTA TEREZA - A padaria foi fundada em 1872 pela família portuguesa Vaz Teixeira. Seu nome, em homenagem à rua onde ficou fixada até 1940, não mudou quando a via deixou de existir, durante as obras da Catedral da Sé. Foram, então, para a praça João Mendes, onde estão até hoje. Desde 1995 é administrado pela família Maturana: as irmãs Juliana e Natália são da terceira geração a tocar o negócio.

SÃO DOMINGOS - A padaria aberta por Domenico Albanese – que viajou de navio durante um mês com a família, desde Verona – está completando 112 anos. Escapou de ser despejada no final dos anos 1960, por causa das obras do chamado Minhocão. A família resistiu e conseguiu ficar na rua de mesmo nome. Hoje é administrada por Silvio Albanese, bisneto de Domenico, que planeja erguer um centro de memória. E se prepara para passar o bastão a um dos filhos, Victor. A quinta geração.

 

IMAGENS: ACSP/arquivo

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