Confiança dos comerciantes cresce 0,7 ponto em dezembro
Já os empresários da construção civil estão mais pessimistas em relação aos próximos meses, de acordo com os dados da FGV

O Índice de Confiança do Comércio da Fundação Getulio Vargas (FGV), encerrou o ano de 2016 em alta, ao subir 0,7 ponto em dezembro. O indicador atingiu 79 pontos em uma escala de zero a 200.
O desempenho positivo do indicador concentrou-se em cinco dos 13 segmentos do comércio. Os empresários estão mais confiantes no futuro, comportamento mostrado pela melhora de 1,2 ponto do Índice de Expectativas, que atingiu 90,6 pontos. O otimismo com as vendas nos três meses seguintes subiu 3,1 pontos.
Já o Índice de Situação Atual subiu 0,2 ponto e atingiu 68,3 pontos, ainda em patamar próximo do mínimo histórico. Houve um aumento de 1,5 ponto com a melhora da satisfação das empresas com a situação atual dos negócios.
CONSTRUÇÃO
Já o Índice de Confiança da Construção, medido também pela FGV, recuou 0,8 ponto e chegou a 71,6 pontos em dezembro deste ano, em uma escala de zero a 200 pontos. O indicador está em queda há três meses e este é o menor patamar desde julho deste 2016 (70,7 pontos).
De acordo com a FGV, a queda da confiança do empresário da construção civil foi motivada pelo maior pessimismo em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas caiu 1,5 ponto e alcançou 80 pontos, devido principalmente à queda de 2,4 pontos das perspectivas de demanda para os próximos três meses.
A confiança em relação ao momento presente recuou apenas 0,1 ponto, chegando a 63,7 pontos. O principal componente que justifica a leve queda foi o desempenho negativo da avaliação sobre a situação atual da carteira de contratos, que caiu 0,2 ponto.
CONSUMIDOR
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) também recuou em dezembro. A queda foi de 5,8 pontos e o índice atingiu 73,3 pontos, em uma escala de zero a 200. Este é o menor patamar do indicador desde junho deste ano.
A satisfação dos consumidores com a situação presente, medida pelo Índice da Situação Atual, recuou 3,8 pontos e atingiu 64,1 pontos, o menor já registrado pela FGV. Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança em relação ao futuro, recuou 6,9 pontos e chegou a 80,8 pontos.
O componente que mais contribuiu para a queda do Índice de Confiança do Consumidor em dezembro deste ano é o que mede o otimismo em relação à situação financeira das famílias no futuro, com queda de 7,7 pontos.
A avaliação do consumidor sobre a situação financeira da família também piorou. O indicador caiu 4,9 pontos atingindo 57,5 pontos, o menor valor desde julho desse ano (57,2). Entre os itens que integram o ICC, o que mais contribuiu para a queda do índice em dezembro é o que mede o otimismo em relação à situação financeira das famílias no futuro, com queda de 7,7 pontos em dezembro.
Na separação dos resultados por faixas de renda, a redução de confiança foi generalizada. O recuo mais expressivo ocorreu no caso dos consumidores na faixa de renda familiar mensal mais elevada, acima de R$ 9.600.
*Com informações de Estadão Conteúdo
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