Café Girondino reabre no Centro de São Paulo

O estabelecimento, que data do Brasil Império, ficou fechado por seis meses até ser adquirido pela Fábrica de Bares, empresa responsável pela gestão do Bar Brahma, Bar Léo, Love Cabaret (Love Story), entre outros

Rebeca Ribeiro
07/Nov/2024
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Café Girondino reabre no Centro de São Paulo

O dia chuvoso não impediu os clientes de acompanhar a reabertura do tradicional Café Girondino. Após seis meses fechado, o estabelecimento, uma referência no Centro da cidade de São Paulo, voltou a abrir as portas nesta quinta-feira, 7/11.

A movimentação atraiu a atenção das pessoas que passavam pela região. Muitas paravam para tirar fotos, como fez a funcionária pública Adriana Silva. “Eu sempre frequentei o local com amigos e familiares. Quando eu saía do metrô e via o café fechado, sentia uma grande tristeza”, disse.

O Café Girondino foi reinaugurado na Rua São Bento, onde funciona desde 1998. Mas a sua história é muito mais antiga, data do período imperial. Entre 1875 e 1920, ele funcionou na esquina da Rua 15 de Novembro com a Praça da Sé. O local era ponto de encontro dos barões do café.

Mesmo com uma história centenária, não resistiu ao período pandêmico. Em junho deste ano, seus antigos proprietários informaram nas redes sociais que a "pandemia deixou cicatrizes que não curaram". Fechado por seis meses, a marca e o prédio histórico foram adquiridos pela Fábrica de Bares, empresa da família Aoas, responsável pela gestão do Bar Brahma e pela recuperação de outros estabelecimentos históricos de São Paulo, como o Bar Léo, Love Cabaret (Love Story) e Jacaré Grill.

Com tradição na gestão e operação de bares, restaurantes e casas de shows, a Fábrica de Bares tem por método adquirir espaços consagrados e populares de São Paulo e reabri-los após alguma reforma e modernização do ambiente.

O café passou por alguns ajustes para a reabertura, como pintura, adequações internas e na parte elétrica e mudanças no cardápio, que sofreu uma redução, mas sem perder os pratos mais famosos do estabelecimento, como o pudim, coxinha, nhoque da sorte, entre outros. Entre os planos para o estabelecimento estão a ampliação do cardápio, com novos pratos, e a volta do famoso happy hour do café, chegando a funcionar até meia-noite.

Pequenas adequações foram feitas no local. O cardápio foi ajustado, mas manteve pratos tradicionais como o pudim, coxinha e o nhoque da sorte

 

A reabertura nesta manhã recebeu cerca de 200 pessoas, entre elas autoridades como o prefeito Ricardo Nunes, o Secretário da Casa Civil Fabricio Cobra e o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Roberto Mateus Ordine.

Preservar essa memória de clientes antigos mantendo a qualidade é um dos grandes desafios da nova administração do café, segundo Álvaro Durval, head de operações da Fábrica de Bares. “Quando o Girondino reabriu em 1998, havia um senhor que estava naquele primeiro dia e hoje esteve aqui novamente. Muitas pessoas que eram fãs do café vieram para a reabertura”, comentou Durval.

Para ele, o Girondino é uma forma de se voltar ao passado, pela história que carrega, pela memória dos barões do café e por estar em um local como o Centro. A Fábrica de Bares buscou reviver isso com uma decoração em preto e branco.

Frequentador do Centro de São Paulo desde criança, o secretário Fabricio Cobra comentou que o Café Girondino é um monumento na cidade de São Paulo e sua reabertura é um reflexo do novo cenário do Centro, com novas empresas e a volta do movimento de consumidores para a região. “O Girondino é o coração do futuro, reflete justamente novas lojas reabrindo na região”, disse. 

 

IMAGENS: Rebeca Ribeiro/DC

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