Arrecadação em janeiro tem ligeira alta
Impostos e contribuições federais somaram R$ 137,392 bilhões. Aumento de 7,26% em relação à dezembro foi influenciado por duas operações no setor elétrico
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 137,392 bilhões no primeiro mês de 2017, um aumento real (já descontada a inflação) de 0,79% na comparação com igual mês de 2016. Em relação a dezembro, houve aumento de 7,26%.
Entre as razões para o aumento no recolhimento de impostos está uma arrecadação extraordinária de R$ 487 milhões com ganho de capital na alienação de bens.
Duas grandes operações financeiras que ocorreram no mês de janeiro podem estar relacionadas a esse resultado, ambas no setor de energia. O leilão de privatização da Celg, distribuidora de energia goiana, ocorreu no fim de novembro, mas a liquidação da operação foi em 30 de janeiro.
O vencedor foi a italiana Enel, que pagou R$ 2,187 bilhões. Já a chinesa State Grid gastou R$ 14,19 bilhões para adquirir o controle da CPFL Energia em 23 de janeiro. O próximo passo será a compra das ações da CPFL ainda no mercado.
Além disso, as receitas administradas por outros órgãos subiram 60,86% em janeiro, passando de R$ 3,242 bilhões no mesmo mês de 2016 para R$ 5,494 bilhões no primeiro mês deste ano.
DESONERAÇÕES
As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 7,567 bilhões em janeiro deste ano, conforme a Receita Federal. No mesmo mês do ano passado, as desonerações haviam atingido R$ 7,504 bilhões.
Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1,211 bilhão em janeiro. A redução das desonerações é uma das apostas da equipe econômica para elevar a arrecadação sem precisar aumentar tributos.
Por outro lado, o governo arrecadou em janeiro R$ 1,226 bilhão com os programas de parcelamento de tributos, conhecidos como Refis. O valor inclui os parcelamentos autorizados por lei no ano passado e em diversos programas de anos anteriores.
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