Alta das commodities deve estimular venda de máquinas agrícolas

De acordo com a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, as vendas de equipamentos para o setor agrícola avançaram 19,3% em maio, na comparação com abril

Estadão Conteúdo
06/Jun/2016
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Alta das commodities deve estimular venda de máquinas agrícolas

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, disse que, com o aumento dos preços das commodities, a expectativa é de que haja uma boa demanda por recursos da linha de financiamento do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo ele, o governo já informou o setor que as montadoras podem fazer seus pedidos de recursos a partir desta terça-feira, 7/06. Os recursos disponíveis para a linha, estimados em torno de R$ 5 bilhões, começariam a ser aplicados a partir de 1º de julho, pelo período de um ano.

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A Anfavea divulgou que as vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no atacado atingiram 3.444 unidades em maio, queda de 16,9% na comparação com igual mês do ano passado, mas crescimento de 19,3% ante abril. No acumulado do ano, a queda é de 36% ante igual período de 2015.

A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias, por sua vez, chegou a 3.974 unidades em maio, queda de 31,6% em comparação com igual mês do ano passado, mas avanço de 3,4% em relação a abril. No acumulado do ano, a queda é de 43,5%.

DESONERAÇÃO

Megale afirmou também que não pretende pedir desonerações de impostos ao novo governo, mas sim uma maior previsibilidade para os negócios das empresas, citando como exemplo a estabilidade das regras estabelecidas para as linhas de financiamento voltadas a máquinas agrícolas e caminhões.

A primeira conversa da associação com o governo deve ocorrer nesta semana, disse Megale. Segundo ele, o principal objetivo do encontro é apresentar o cenário atual do setor ao novo ministro da Indústria, do Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. 

Sobre algum possível pedido de incentivo fiscal, Megale reforçou que "não há nenhuma demanda nesse sentido".
Além disso, Megale disse que a Anfavea estará presente na próxima reunião do governo brasileiro com o governo argentino para discutir a renovação do atual acordo automotivo entre os dois países. 

O encontro está marcado para os próximos dias 9 e 10 de junho e a expectativa da Anfavea é que, pelo menos desta vez, o acordo possa ser renovado por um período maior, de pelo menos dois anos, demanda que também tem o apoio das montadoras instaladas na Argentina. As últimas renovações foram feitas por somente um ano.

Nenhuma reunião, porém, foi marcada com o presidente em exercício, Michel Temer. "Mas o pedido já foi feito, estamos esperando a agenda dele ficar mais folgada", afirmou o presidente da Anfavea.

Megale afirmou que o governo de Michel Temer tem demonstrado comprometimento em realizar correções na economia brasileira. "Mas é prematuro para fazer uma avaliação", disse o empresário. "O que espero é que haja uma estabilidade da equipe econômica", acrescentou, negando em seguida que a possível volta de Dilma Rousseff ao comando do governo seja algo necessariamente ruim para o setor.

PRODUÇÃO

A produção de veículos automotores em maio somou 175,3 mil unidades, um aumento de 3,2% em relação a abril (169,8 mil), de acordo com a Anfavea. 

Na comparação com maio de 2015, quando foram produzidos 213,8 mil, houve queda de 18%. No acumulado do ano, a produção totaliza 834 mil unidades, queda de 24,3% em relação ao mesmo período do ano passado (1,101 milhão). 

A venda em maio chegou a 167,4 mil unidades, o que representa uma elevação de 2,8% ante os 162,9 mil licenciados em abril. Em relação a maio do ano passado, quando foram vendidos 212,6 mil veículos, o licenciamento caiu 21,3%. No acumulado deste ano, foram comercializados 811,7 mil veículos, 26,6% a menos do que no mesmo período de 2015.

IMAGEM: Thinkstock

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