Prévia da inflação de julho sobe 0,59%

Resultado foi menor do que o de junho, de 0,99%. Mas em 12 meses, IPCA-15 acumula aumento de 9,25%

Estadão Conteúdo
22/Jul/2015
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Prévia da inflação de julho sobe 0,59%

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,59% em julho, após subir 0,99% em junho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador antecedente é formulado com base na coleta de preços efetuada entre os dias 12 de junho e 14 de julho. 

O IPCA-15 deste mês foi o maior para meses de julho desde 2008, quando o avanço foi de 0,63%. Com o resultado, o índice acumula altas de 6,90% no ano e de 9,25% em 12 meses - sendo neste período o maior desde dezembro de 2003, quando marcou avanço de 9,86%.

Para se ter uma ideia, em julho de 2014 o IPCA-15 veio bem abaixo, com elevação de 0,17%.

A prévia mostra que ainda há pressão sobre a inflação oficial de julho medida pelo IPCA. O resultado do mês fechado será divulgado no dia 7 de agosto. Em junho, por exemplo, subiu 0,79% e em 12 meses até o mês passado acumulou alta de 8,89%. 

A projeção do Banco Central é que o IPCA oficial encerre este ano com alta de 9%, acima do teto da meta do governo, que é de 6,5%. Já a projeção de mercado, apurada pela pesquisa Focus, do Banco Central, é de 9,15% para o fim deste ano. 

O que a prévia da inflação mostra de bom é que o resultado de 0,59% de julho desacelerou na comparação com junho, quando a alta foi de 0,99%. 

PRESSÕES CONCENTRADAS EM HABITAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Segundo o IBGE, a desaceleração foi puxada por sete dos nove grupos pesquisados. Houve aumentos mais fortes apenas em Habitação (de 1,03% para 1,15%) e Comunicação (de 0,08% para 0,59%), na comparação mensal. 

Nestes grupos, refletem as altas nas tarifas de energia elétrica, que ficaram 1,91% mais caras por causa de reajustes em Curitiba (14,39%) e em São Paulo (17%). Com isso, a conta de luz exerceu o principal impacto individual sobre o índice (0,07 ponto percentual dos 0,59% deste mês).

No acumulado do ano, a energia elétrica já registrou aumento médio de 44,75%. As altas foram ainda mais elevadas em Curitiba (62,46%), Porto Alegre (57,50%) e São Paulo (55,46%) no período.

Mas não foi só a energia elétrica que pressionou o grupo Habitação em julho. As taxas de água e esgoto subiram 4,10% e figuraram como o segundo principal impacto no IPCA-15 deste mês (0,06 ponto percentual). Os reajustes ocorreram em São Paulo, Goiânia, Salvador, Curitiba, Recife, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Outro item que subiu em julho foram as mensalidades de planos de saúde, que ficaram 1,59% mais caras. O resultado é reflexo parcial do reajuste máximo de 13,55% concedido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre os contratos individuais e familiares.

Além do plano de saúde, os artigos de higiene pessoal ficaram 0,86% mais caros em julho. Porém, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, mesmo assim, registrou leve desaceleração, de 0,87% em junho para avanço de 0,80% no IPCA-15 deste mês.

Além desse grupo, houve redução no ritmo de alta em Alimentação e Bebidas (de 1,21% para 0,64%), Transportes (de 0,85% para 0,14%), Despesas Pessoais (de 1,79% para 0,83%), Vestuário (de 0,68% para -0,06%) e Educação (de 0,18% para 0,10%).

O grupo Artigos de Residência também perdeu força, de 0,69% em junho para 0,47% no IPCA-15 de julho. 

Foto: Thinkstock

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