LeBriju aposta em shoppings para dobrar número de unidades em 2025
A marca de bijuterias e acessórios, que faturou cerca de R$ 15 milhões no ano passado, pretende abrir de 25 a 30 lojas neste ano pelo modelo de franquia

A migração das franquias para cidades do interior é um movimento que se consolida dentro do franchising. Fora das metrópoles, o custo de implantação do negócio tende a ser menor, assim como a concorrência. Mas há quem prefira nadar contra a corrente. Esse é o caso da LeBriju, marca de bijuterias e acessórios.
Com 18 unidades, sendo oito próprias e dez franquias, a empresa tem planos de expandir em grandes centros comerciais, apostando nos shoppings com maior movimento e público de elevado poder aquisitivo – com renda entre R$ 9 mil a R$ 17 mil -, segundo Jeferson Jin, CEO da LeBriju.
A opção pelos shoppings, explica Jin, também acontece pela possibilidade de implantar diferentes formatos de lojas, como é o caso dos quiosques, modelo que não é aplicável às ruas e que permite um valor menor de aluguel.
Ou seja, o foco da LeBriju é a flexibilidade dos shoppings somada à grande movimentação de consumidores com elevado poder de compra. Vantagens, segundo o CEO, que nem sempre são encontradas em lojas de rua ou em cidades do interior, onde, apesar de o investimento para implantação ser menor, o faturamento por unidade também diminui.
OS PLANOS
Com faturamento de R$ 15 milhões em 2024, a marca pretende abrir de 25 a 30 unidades neste ano, aumentando em 50% o número de lojas. Em cinco anos, a expectativa é chegar a 80 unidades, com perspectiva de abrir 20 unidades por ano no período. Para isso, segundo Jin, já foram mapeados cerca de 90 shoppings.
Para atrair franqueados e conseguir dar tração ao seu plano de expansão, o CEO da LeBriju conta que investiu cerca de R$ 150 mil em feiras e marketing para divulgar seu modelo de franquia.
A marca possui dois modelos de negócio: quiosque, com investimento inicial de cerca de R$ 160 mil e retorno de R$ 80 mil em 12 meses; e loja, com investimento inicial de R$ 390 mil, com retorno de R$ 120 mil após 18 meses.
Presente em cinco Estados, São Paulo é o único local em que a LeBriju possui unidades fora da Capital, como em Barueri. Esse movimento é explicado por Bruno Arena, Diretor de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Segundo ele, algumas cidades da Região Metropolitana de São Paulo são receptores de consumo, atraindo consumidores também da Capital.
Sobre a tendência das franquias se deslocarem para cidades do interior, onde os custos são menores e o mercado é menos saturado de concorrentes, Arena diz que, em contrapartida, “o franqueado tem que ter em mente que vai faturar menos que a rede”. Ele menciona o caso da Casa do Construtor, da qual é diretor, em que as unidades de cidades pequenas do interior faturam entre 30% a 40% do faturamento médio da rede.
Sobre a estratégia da LeBriju, Arena enxerga certa linearidade do crescimento desse mercado de marcas voltadas para público de alto poder aquisitivo, que trazem produtos exclusivos aos clientes, buscando personalização e apostando em grandes shoppings para crescer e se consolidar no mercado.
IMAGEM: divulgação