Geração de empregos deve ser retomada no decorrer de 2017

A recuperação do mercado de trabalho será crescente na avaliação do ministro da Fazenda Henrique Meirelles (foto)

Estadão Conteúdo
01/Nov/2016
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Geração de empregos deve ser retomada no decorrer de 2017

No decorrer do próximo ano, a criação de empregos deve ser retomada, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista divulgada nesta terça-feira (1º/11) pelo Portal Brasil, página do governo federal na internet. 

"Estamos trabalhando intensamente para o Brasil voltar a criar empregos", disse.

Hoje, o país acumula resultados negativos no mercado de trabalho. Só de vagas formais já foram extintas 1,6 milhão nos últimos 12 meses até setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Segundo Meirelles, a retomada no mercado de trabalho será "crescente". 

"Nós esperamos que daqui a um ano o ambiente no Brasil já seja outro e todos estejam confiantes, não só na manutenção do próprio emprego, mas também na obtenção de um emprego melhor", afirmou o ministro em entrevista ao portal do governo.

A principal razão para a recessão da economia brasileira, disse Meirelles, é o crescimento excessivo dos gastos públicos nos últimos anos. Nesse sentido, o ministro destacou que a criação de um teto para os gastos públicos é uma "mudança fundamental".

"Estamos reformando o Brasil para a economia voltar a crescer", disse Meirelles. "No momento em que eliminamos esse problema (do crescimento de gastos), haverá mais recursos disponíveis para consumo e investimento e, portanto, para o crescimento da economia", afirmou.

PREVIDÊNCIA

O ministro da Fazenda disse ainda acreditar que a reforma da Previdência será enviada ao Congresso ainda este ano, para ser votada em 2017. 

É improvável que a votação ocorra este ano em razão de o calendário legislativo estar apertado.

A reforma da Previdência, segundo o ministro, prevê o estabelecimento de uma idade mínima para a aposentadoria e a redução da disparidade de regimes.

"A sistemática atual é insustentável e injusta ao conceder privilégios a pequenos grupos, sobrecarregando toda a sociedade", disse, durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). 

Em relação à votação da PEC do Teto dos Gastos, o ministro disse que não espera resistência. 

"A proposta foi aprovada na Câmara em dois turnos com grande maioria, então eu acredito que já existe na sociedade e no Senado um consenso sobre a necessidade de ajustar as contas públicas", disse.

FOTO: Agência Brasil

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