Entrega dos calçadões do centro histórico de SP fica para 2026

Marcos Monteiro, secretário municipal de Infraestrutura, explica que o projeto, que contempla a revitalização de 25 vias, sofreu com questões contratuais e teve ajustes técnicos

Mariana Missiaggia
12/Mar/2025
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Entrega dos calçadões do centro histórico de SP fica para 2026

A substituição do calçamento e as outras melhorias programadas pela Prefeitura para o Triângulo Histórico de São Paulo, previstas para serem entregues até o fim de 2024, ganharam uma nova data: janeiro de 2026.

Embora as obras tenham começado pelos calçadões, em novembro de 2023, o pacote de revitalização do Triângulo Histórico contempla também a instalação de valas técnicas e drenagem, nova iluminação funcional e cênica de edifícios históricos, instalação de câmeras, reformulação da sinalização turística com 14 totens com informações turísticas em português e inglês, troca de mobiliário urbano e melhorias na acessibilidade das ruas da região.

Ao Diário do Comércio, Marcos Monteiro, secretário de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) da cidade de São Paulo, afirmou que o novo cronograma será cumprido após alguns ajustes no projeto em função da complexidade das obras. Confira:

 

Diário do Comércio - A entrega das obras de revitalização dos calçadões do centro histórico de São Paulo estava prevista para o fim de 2024. Qual o motivo do atraso? E qual é o novo prazo?

Marcos Monteiro - Esta semana nos reunimos com alguns comerciantes, órgãos e entidades da região para explicar algumas questões de contrato e as dificuldades que tivemos com o consórcio ganhador. E como estamos resolvendo isso tudo. Tivemos ajustes técnicos no projeto em função da complexidade das obras e temos um cronograma ajustado com a empreiteira para finalização de toda a região central até janeiro de 2026. São obras complexas e não somente uma troca de piso. São ajustes de toda a rede de drenagem, ajuste das redes de telecomunicações, de Enel, e isso traz desafios adicionais, mas o consórcio também tomou medidas para melhorar a efetividade das obras e passamos a acompanhar esse cronograma muito mais de perto, exigindo que qualquer imprevisto seja atenuado com aumento de mão de obra na equipe. O importante é recuperar o tempo perdido e trabalhar com uma realidade de aceleração nas obras.

 

Alguns lojistas reclamam do prazo e da falta de comunicação da Prefeitura sobre o andamento das obras. Como isso tem sido tratado?

Realmente temos essa aproximação como objetivo. Sabemos que é uma relação muito sensível e essas reuniões tendem a aumentar esse diálogo. Dentro desse contrato existe uma equipe de comunicação social, e essa equipe, em geral, informa o lojista de cada trecho próximo a uma frente de trabalho. Por isso, os demais comércios, que estão mais afastados da área em que está acontecendo a obra, acabam ficando sem informação mesmo. O Fabricio Cobra (secretário de Subprefeituras) já alinhou que teremos reuniões com esses comerciantes a cada 15 dias para atualização do cronograma e para ouvirmos quaisquer dificuldades e, assim, minimizar qualquer impacto no comércio.

 

Quais outros projetos estão em andamento para a revitalização do centro histórico de São Paulo?

Devemos assinar ainda neste mês de março as obras do quadrilátero, na região da República, que é uma obra similar à que está sendo feita no triângulo histórico. A mesma coisa, organização do subsolo, troca de piso, refazer a rede de drenagem e, por fim, a troca de mobiliário e os totens de orientação turística já estão licitados - as obras devem começar até o fim desse ano. Outra obra importante foi a revitalização do Viaduto Santa Ifigênia, e agora vamos fazer também a do Viaduto do Chá, que pegará a Praça do Patriarca e os calçadões em torno do Teatro Municipal, para recuperar mais esse ponto turístico de São Paulo.

 

IMAGEM: Cesar Bruneli/ACSP

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