De microloja virtual a uma rede de franquias
Fundada em 2015, a Letiti nasceu no comércio eletrônico para vender meias infantis. O negócio prosperou e se tornou uma rede de lojas físicas em menos de um ano de operação

Por quase uma década, o paulistano Fabio Rosochansky foi executivo de multinacionais no setor de bebidas. Ele teve passagens pela Pernod Ricard, grupo francês detentor de marcas como Chivas Regal e Absolut, e Red Bull.
Após sair do universo das grandes corporações, Rosochansky cofundou a empresa de tecnologia Sem Hora, que comercializa ingressos para eventos na internet.
Hoje, o trabalho diário de Rosochansky é voltado para roupinhas de bebê. Junto com a esposa e sócia Daniela Cabrera, ele fundou a Letiti, loja especializada em meias, faixas de cabelo e conjuntos para crianças de zero a três anos.
A Letiti nasceu como uma microloja virtual em junho de 2015. Após pouco mais de um ano, a empresa já possui três quiosques em grandes shoppings de São Paulo e uma unidade fraqueada.
A rápida expansão foi planejada antes mesmo do primeiro ponto físico ser inaugurado.
“Abrir os quiosques foi uma forma de conhecer melhor o consumidor e validar o modelo de negócio para expandir por meio de franquias”, Rosochansky.
A tática surtiu efeito. Poucos meses após a inauguração da primeira loja, no Shopping Cidade Jardim, a Letiti começou a negociar contratos com possíveis franqueados.
A primeira franquia foi aberta há menos de um mês no Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Hoje, o faturamento das lojas físicas corresponde à metade da receita da empresa –projetada em R$ 1,6 milhão em 2016.
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Para divulgar a marca, a empresa tem organizado pequenos eventos, que reúnem entre 40 e 200 pessoas, grande parte famílias.
Em junho, foi realizada uma festa junina numa área externa do Shopping Higienópolis, onde há um quiosque da Letiti.
Os eventos não são focados em venda, mas sim em desenvolver a imagem da marca entre as consumidoras.
A empresa também usa influenciadoras digitais, geralmente mães conhecidas pelo público-alvo da marca que possuem muitos seguidores nas redes sociais, como Sophia Alckmin.
“Enviamos alguns presentes e, em muitos casos, elas fazem posts espontaneamente”, diz Rosochansky. “Isso faz com que outras mães também postem fotos com os nossos produtos, o que ajuda a divulgar ainda mais a marca.”
MATERNIDADE E EMPREENDEDORISMO
Um dos motivos que culminou com a criação da Letiti foi o nascimento da filha do casal, Manoela, hoje com três anos de idade.
Para passar mais tempo com a filha, Daniela decidiu deixar de lado o mundo corporativo para se dedicar a um projeto autoral que pudesse ser tocado de casa.
Rosochansky é especializado em administração. Por sua vez, Daniela, atuou em grandes marcas de moda, como Le Lis Blanc e Calvin Klein.
O casal, então, decidiu unir as competências. A ideia de vender roupas de bebê surgiu da dificuldade que Daniela tinha para achar meias sapatinhos que fossem de seu agrado.
A opção mais viável foi criar uma loja virtual por meio da Loja Integrada, plataforma para desenvolvimento de ecommerce.
O sistema oferece layouts pré-formatos e recursos como criação e disparo de email marketing, recuperação de carrinho abandonado e integração com marketplaces, como Mercado Livre e Americanas.com.
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Com vendas recorrentes, a Letiti expandiu o portfólio de produtos para faixas de cabelo, calças, camisetas e blusas.
O crescimento dos pedidos forçou a empresa a melhorar a eficiência. Um dos maiores gargalos era a entrega dos produtos, realizada pelos Correios.
Para ganhar agilidade no envio das remessas, a Letiti contratou a Mandae, empresa de logística para pequenos ecommerces que recolhe e embala os produtos e os entrega diretamente para os consumidores.
Mesmo com o foco na expansão por lojas físicas, o ecommerce ainda é um canal estratégico para a marca. A loja virtual possui cobertura nacional, o que ajuda a empresa identificar em quais regiões há demanda para abertura de novas franquias.
“A meta é ter uma rede de dez lojas até o final deste ano”, afirma Rosochansky.
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