Controle da produtividade na palma da mão
O aplicativo Casting ajuda lojistas a acompanhar o desempenho de vendedores e a ampliar o nível de capacitação de equipes no varejo

Hoje é possível realizar inúmeras tarefas na palma da mão por meio de aplicativos de smartphones – desde marcar consultas médicas até aplicar em investimentos no mercado financeiro.
Aproveitando as facilidades proporcionadas pelos celulares inteligentes, a Ser, que desenvolve tecnologias para gestão de pessoas em empresas, criou um aplicativo que promete aos pequenos e médios varejistas aumentar o desempenho de seus funcionários.
Batizado de Casting, o aplicativo proporciona facilidades em três frentes. Por meio da plataforma, o lojista acompanha as vendas de cada funcionário e equipe, visualizando em tempo real o volume de faturamento e as metas de vendas.
O aplicativo também oferece uma ferramenta de capacitação. Os gestores podem disponibilizar treinamentos em vídeos e arquivos PDF e questionários para o funcionário, que acessa o conteúdo de seu próprio smartphone.
Por último, o Casting integra um banco de talentos. Neste caso, a Ser atua no recrutamento e seleção de pessoas com o perfil que as lojas necessitam, geralmente para ocupar funções de vendedores, estoquistas e repositores. Se algum funcionário pedir demissão, o gestor pode acessar o banco e marcar entrevistas com candidatos pré-selecionados.
“Atualmente, o banco possui mais de 120 candidatos”, afirma Sérgio Falsarella , presidente da Ser. “E há 800 pessoas em fase de treinamento.”
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O valor do Casting varia conforme o número de funcionários cadastrados no aplicativo –cada empregado custa R$ 59,50 mensais. Empresas que desejarem ter acesso ilimitado ao banco de talentos deverão pagar mais R$ 70 ao mês.
Lançando em janeiro passado, o Casting é usado por cerca de 25 varejistas paulistas, entre lojas de calçados, óticas e relógios, que somam mais de 2 mil funcionários.
O primeiro cliente do Casting foi o economista Roberto Carlos Soares, proprietário de 15 franquias da marca O Boticário na região de Campinas.
Na avaliação de Soares, o maior benefício é ter acesso a métricas de produtividade de forma transparente e ágil.
“Antes, eu armazenava os dados em planilhas de Excel e em softwares de vendas”, diz Soares. “Agora, todas as informações ficam consolidadas no aplicativo à disposição dos gerentes de lojas”.
Uma métrica que Soares não tira o olho diz respeito às metas dos funcionários. Quando um vendedor puxa a média de vendas para baixo, por exemplo, um gerente logo o orienta pontualmente. O funcionário também tem acesso aos seus dados.
Soares também disponibiliza no aplicativo vídeos e arquivos para que vendedores atualizem noções de bom atendimento. Por sua vez, os gerentes aprendem sobre liderança e gestão de equipe. Ao término de cada conteúdo, são realizados testes – caso o funcionário não atinja uma nota mínima, é necessário refazer o questionário.
Ao mesmo tempo, o banco de talentos deu maior agilidade na reposição de funcionários. Antes, Soares demorava cerca de 15 dias para realizar uma reposição – uma vez que quando um empregado pedia demissão, era necessário contatar uma empresa de recrutamento, selecionar e entrevistar candidatos.
“Hoje, consigo uma contratar uma pessoa apta a trabalhar em dois dias”, diz Soares. “Já contratei mais de 20 funcionários por meio do Casting".
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Com seis meses de uso, o aplicativo ajudou Soares a obter ganhos financeiros expressivos. Houve aumento de 10% no tíquete médio e a expectativa é aumentar as vendas em 8% em 2016.
Nada mal para um ano em que o varejo deverá encolher 3%, de acordo com estimativa do boletim Dados Antecedentes do estudo AC Varejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“Espero faturar 40 milhões de reais em 2016", afirma Soares.
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