ACSP e SP Urbanismo assinam parceria para concurso internacional
A iniciativa faz parte do projeto Reinventing Cities SP 2022, da rede C40, e tem o objetivo de selecionar e executar as melhores propostas de requalificação urbana para quatro áreas estratégicas da região central da capital
Na manhã desta terça-feira (6/9), a sede da Associação Comercial de São Paulo foi o cenário para a cerimônia de assinatura de termo de cooperação entre a entidade, a SP Urbanismo e a Associação Brasileira do Escritórios de Arquitetura (AsBEA) para a realização do Concurso Internacional Reinventig Cities São Paulo 2022.
O termo faz parte de um projeto para o centro histórico de São Paulo a partir de uma parceria da SP Urbanismo e da rede global de cidades C40 Cities. O objetivo é selecionar e executar as melhores propostas de requalificação urbana para quatro áreas estratégicas da região central da capital.
As quatro áreas envolvidas abrangem o Mercado Kinjo Yamato/Boulevard Prestes Maia, a Praça Alfredo Issa, a Praça Dr. João Mendes e a Praça Clóvis Beviláqua, que foram escolhidas por serem pontos de passagem a todos que, de alguma forma, querem chegar à região central.
O acordo de cooperação funciona como um instrumento jurídico formalizado entre órgãos, entidades da administração pública e/ou entidades privadas sem fins lucrativos com o objetivo de firmar interesse de mútua cooperação técnica visando a execução de projetos de interesse recíproco.
Normalmente, as duas partes fornecem, cada uma, a sua parcela de conhecimento, equipamento, ou até mesmo uma equipe, para que seja alcançado o objetivo sem nenhum tipo de transferência de recursos entre os participantes.
A expectativa, segundo Alfredo Cotait, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), é que o Reinventing Cities fortaleça o movimento de revitalização do Centro. "Oficializar essa parceria é mais um importante marco para a ACSP, que por meio do CPU (Conselho de Política Urbana), trabalha fortemente para resgatar esse espaço e promover o desenvolvimento do lugar que é o berço da história de São Paulo", diz Cotait.
Também participaram da cerimônia o vice-presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine, Antonio Carlos Pela, vice-presidente da ACSP e coordenador do CPU, Cezar Azevedo, presidente da SP Urbanismo e Milene Abla Scala, presidente da AsBEA-SP.
De acordo com Azevedo, os projetos escolhidos serão subsidiados e licitados pela SP Urbanismo, que espera dar início às obras no início de 2023. O presidente da SP Urbanismo destaca que o concurso Reinventing Cities é muito simbólico porque, a partir dele, a cidade de São Paulo ganha visibilidade e o mundo passa a reparar no Centro da capital paulista.
Nas palavras de Milene, muito embora o projeto não resolva as questões do centro como um todo, participar dele mostra que São Paulo está atenta às oportunidades, especialmente, àquelas relacionadas com a questão ambiental e qualidade de vida.
Na ocasião, Azevedo anunciou pela primeira vez os nomes dos arquitetos escolhidos para a comissão julgadora dos projetos inscritos no concurso - Elisabete França, Regina Meyer, Laura Ceneviva, Beatriz Messeder Sanches, Milene Abla Scala, Larissa Campagner, Cintia Marino, Yara Costa, Guilherme Del'Arco e André Gonçalves dos Ramos.
COMO PARTICIPAR DO CONCURSO
Para participar do concurso, arquitetos, urbanistas e escritórios de arquitetura e urbanismo de todo o mundo devem se inscrever até 20 de setembro no site da rede C40. O edital e todos os anexos podem ser encontrados no site e-negocios, da Prefeitura de São Paulo. As propostas deverão ser entregues presencialmente ou por correio à SP Urbanismo entre 5 e 7 de outubro.
Elas serão analisadas, sem identificação de autores, por um júri formado por representantes da SP Urbanismo, C40 e entidades de arquitetura do país entre 10 e 14 de outubro. O anúncio dos vencedores acontecerá em cerimônia pública prevista para outubro. Cada uma das quatro áreas terá três propostas vencedoras.
O primeiro colocado receberá o prêmio de R$ 100 mil e a possibilidade de ser contratado pela Prefeitura para desenvolver o projeto executivo proposto no estudo (valor de contratação fixado em R$ 300 mil). O segundo lugar será premiado com R$ 30 mil e o terceiro, com R$ 20 mil.
IMAGEM: Rovena Rosa/Agência Brasil