Sinfonia de panelas
O país está na reta ao final na qual um grande acorde, legal e aceitável, colocará fim às ruidosas reações ao petismo
O Brasil vive uma fase de sua vida política e institucional, refletida também na econômica, onde existem duas realidades bastante distintas que saltam aos olhos das pessoas com capacidade de discernir.
Só não as enxerga quem ainda vive dos favores e benesses da presença do PT no comando da máquina federal (e alguns outros governos igualmente medíocres, como o da governanta Dilma).
Ainda assim, “sangrando”, vai aos poucos se esvaindo, esvaziando, a caminho do seu melancólico fim, esse período em que o lulo-petismo dividiu o Brasil em dois ou mais, e no qual a realidade que acredita e ainda persiste em defender perde folego a cada dia.
O Brasil que está calcado na realidade, aquele que tem sofrido a desconstrução dos valores nacionais, a destruição da economia, o desmantelamento da produção industrial, a falência do varejo, que tem assistido à epidemia de corrupção que grassa nos escaninhos espúrios do assalto aos cofres públicos, o país que assiste às mais deslavadas mentiras na propaganda oficial, o Brasil que quer de volta a dignidade, a ética, a cidadania, o respeito à Constituição e às leis, ouve no “panelaço” uma sinfonia de resgate de tudo que estamos perdendo no período da dominação falaciosa do lulo-petismo sobre os brasileiros.
Já o Brasil dos petistas conta, na agonia final no caminho para a saída do poder, de forma legítima, ordeira, legal, as mesmas mentiras manipuladas, age do mesmo modo como antes conseguia enganar a Nação e faz de conta que quando as ruas, as panelas, as buzinas, as vaias, se manifestam contra eles, são dirigidas a terceiros.
Está tão visível o processo de deterioração da imagem e da situação dos apaniguados do lulismo-petista, que além das derrotas e ações desesperadas em que buscam se apoiar, ainda caem no ridículo de dizer que em Estados como Amapá, Rondônia e outros, não houve panelaço, enquanto a propaganda petista mentia novamente, levando agora na enxurrada, de roldão, o pouco que pudesse haver de credibilidade de Lula.
No Congresso, o (des) governo Dilma sofre nova derrota ao perder a oportunidade de indicar mais ministros para o STF, diante da aprovação da PEC da bengala, que eleva de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de juízes das altas cortes.
Fiel ao seu estilo de luta, o petismo, o dilmismo e o lulismo, enquanto vão perdendo ar, incentivam o Procurador Geral da República Rodrigo Janot a tentar destruir o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, hoje o político mais poderoso do país e adversário aberto do governo federal.
Falando em Janot, que saudades do Roberto Gurgel.
As duas realidades nacionais, a verdadeira e a fantasiosa do mundo em que vice o petismo, são tão distintas que o panelaço ensurdecedor impediu o presidente do PT, Rui Falcão, de maior constrangimento.
Pouca gente o assistiu, diante do que poderia ser a audiência sem panelaço, afirmar que os políticos petistas condenados pela justiça serão expulsos do partido.
Dirceu, Genoíno, Cunha, Delúbio, agora Vaccari e tantos outros, ouvindo isso, morriam de rir, lustrando com flanelinha suas carteirinhas de filiados.
A Orquestra Sinfônica do Panelaço não vai mais parar de se exibir até que sua sinfonia final, numa espécie de balada do adeus, alijar do poder, pela via legal, pelos mecanismos constitucionais, o mal que corrói o país há 12 anos, espalhando suas metástases onde pisa, para onde olha e onde põe a mão.