Estelionato eleitoral
Governo petista adota, na área econômica, a mesma política que criticava raivosamente contra seus adversários durante a campanha presidencial
Tivesse o senador Aécio Neves sido eleito presidente da República e anunciando as medidas que a presidente Dilma está tomando, bem como os nomes que está anunciando para seu ministério, e o país já estaria pegando fogo, com a oposição radical petista insuflando o povo contra o novo governo por tomar medidas que arrocham a vida da população.
Na verdade, são medidas que deveriam e devem ser tomadas e menos do que arrochar a população, vão arrochar os gastos excessivos, desmedidos, de um governo sem competência, que nos últimos quatro anos afundou a economia brasileira que havia levado 15 anos para se erguer.
Ainda no período da campanha, a então candidata à reeleição e ainda presidente da República, no exercício do cargo (deveria ser obrigatória a licença) acusou de forma ostensiva o candidato Aécio de, se eleito, prejudicar o povo, elevando os juros, o preço da energia elétrica, da gasolina, e outras medidas impopulares.
É tudo que ela tem feito mas que na ocasião serviu de instrumento de coerção popular, de medo, para garantir os votos na candidata chapa branca. A escolha de Joaquim Levy para ser o ministro da Fazenda é o mesmo, com pequenas diferenças de estilo, que Aécio escolher Armínio Fraga. Ao longa da campanha Aécio e Armínio foram demonizados pela petista, pelo que representavam de ameaça de retrocesso(sic) nas conquistas “populares”.
Agora ela faz o mesmo porque sabe que se a economia não for corrigida nas leis de mercado, se a credibilidade no sistema financeiro e na economia do país, não forem retomados, o segundo mandato de Dilma irá agua antes da metade. Já vai começar com rombo no casco, em pleno oceano, de petróleo vazando para dentro.
A saída de Mantega será um alívio para a economia
Segundo o senador Magno Malta, do PR, base aliada do governo Dilma, que declarou voto em Aécio, este foi poupado por Deus para deixar que o governo Dilma tente corrigir o desastre em que transformou, pois caso contrário, o PT jogaria a parcela da população que nele votou, contra o governo pelas medidas que teria que tomar, O PT pode, está tomando e anunciando ministro que no linguajar falacioso da esquerda mofada seria um “neoliberal”. Seja lá o que isso queira dizer. Tirada a prova dos 9, só a saída de Guido Mantega já será um alívio para a economia brasileira. Se Gilberto Carvalho for junto, será um alívio para o país como um todo.
Pudesse haver epítetos, com todo respeito, claro, Mantega seria o “nada” e Gilberto o “nefasto”.
O que Dilma fez, combater o que Aécio prometia de ajustes e agora adotar o que o outro candidato preconizava e ela demonizava, no entender do jornalista Reinaldo Azevedo, conforme expressou pela Jovem Pan e publicou na Folha de São Paulo, estelionato eleitoral
Tivesse o PT perdido a eleição (e foi por muito pouco) e, repetindo o início da coluna, estivesse Aécio tomando medidas e escolhendo nomes, como Dilma está fazendo, e o PT já teria ido às ruas –na sua especialidade de promover paralisações (hoje concorre com corrupção) - e raivosamente bradaria que o governo estava querendo tirar o prato da mesa do brasileiro, entre outras bobagens que infelizmente, produzem efeito eleitoral. E o TSE não faz nada. Está dominado assim como o STF pela maioria petista.
O governo Dilma que vai tomar posse a partir de janeiro próximo, se não for amargo contra si mesmo, contra os interesses partidários e os corporativos que o PT alimentou como se alimenta a cobra venenosa, não se sustentará por mais legitimidade que tenha. Se não tomar, vai cair de podre tamanho é o estrago feito nas contas públicas. O País irá, aí sim, de fato, quebrar. Não será como a “mentirinha” que a candidata pregou ao longo da campanha, com erro histórico e cronológico imperdoáveis num país sério, de que os tucanos quebraram o Brasil 3 vezes, mantra mentirosa repetida à exaustão.
A herança maldita de Dilma para ela mesma nem começou ainda a cobrar sua conta.
Mas há apenas um mês do resultado das urnas, já se constata o estelionato eleitoral que levou o PT a vencer, pela última vez, uma corrida presidencial.
Em 2018, por mais que Lula e companhia ilimitada queiram o assento de novo, o candidato de oposição, se souber fazer oposição digna, será carregado nos votos. Não é um desejo. É uma constatação histórica, com os faróis para a frente, ao contrário de Pedro Nava que via os faróis da experiência voltados para trás.