Varejo paulista acumula queda de 2,2% no primeiro quadrimestre
Em abril, das 20 regiões paulistas analisadas pela pesquisa AC Varejo, Jundiaí foi a única a registrar aumento em volume de vendas
O volume de vendas do varejo ampliado paulista caiu 3,7% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado.
No varejo restrito ?que não contabiliza lojas de materiais de construção e concessionárias de veículos ? o recuo foi de 3,3%. Os dados são da pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“As retrações chamam a atenção por terem sido menores do que o previsto, uma vez que abril deste ano teve dois dias úteis a menos. Além disso, o comércio foi prejudicado pela paralisação do transporte coletivo”, afirma Alencar Burti, presidente da entidade.
“As quedas foram menores em relação aos meses anteriores porque se parte de uma base de comparação fraca. Além disso, é possível considerar a pequena recuperação da renda das famílias ?decorrente da forte desaceleração da inflação ? e a comemoração da Páscoa em abril (ano passado foi em março)”, afirma Burti, que também é presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Quadrimestre
Nos quatro primeiros meses do ano, o varejo ampliado paulista caiu 2,2% sobre igual período de 2016. Já o restrito recuou 2,4%.
Em abril, das 20 regiões paulistas analisadas pela pesquisa, Jundiaí foi a única a registrar aumento em volume de vendas do varejo ampliado (1,1%). Todas as outras tiveram saldo negativo, sendo o pior deles na região Metropolitana Oeste (-8,2%).
No acumulado do quadrimestre, Jundiaí apresentou a maior elevação (3,4%), seguida de outras regiões: Sorocaba/Vale do Paranapanema (1,8%), Araraquara (1,8%) e Ribeirão Preto/Baixa Mogiana/Franca (1,1%).
Setores
Dos nove setores pesquisados, três registraram aumento em abril frente a igual mês de 2016: lojas de departamentos/eletrodomésticos/eletrônicos (8,7%), lojas de vestuário/tecidos/calçados (4%) e lojas de móveis/decorações (2,9%).
As maiores retrações ocorreram nos segmentos de lojas de material de construção (-11,8%), farmácias/perfumarias (-9,5%) e outros tipos de comércio varejista (-13,1%). Em abril, vale lembrar, passaram a valer os reajustes no preço dos medicamentos, o que pode explicar a forte queda do setor.
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A pesquisa ACVarejo é elaborada pelo Instituto de Economia da ACSP com base em informações oficiais da Secretaria de Fazenda do Estado.
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