Queda da atividade das construtoras chegou a 18,2% em 2016
Na comparação com os últimos três meses de 2015, a queda foi de 7,5%, segundo o Sinduscon-SP
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto, diz que a queda de 5,2% do PIB da Construção em 2016, divulgada nesta terça-feira (07/03) pelo IBGE, dimensiona apenas parcialmente a queda do desempenho do setor no ano passado.
Segundo ele, somente a atividade das construtoras formais caiu 18,2% em 2016, como mostra o Índice Nacional de Atividades da Construção Civil.
De acordo com o IBGE, o PIB da Construção caiu 2,3% no quarto trimestre de 2016, em comparação com o trimestre anterior.
Em relação aos últimos três meses de 2015, a queda foi de 7,5%.
No ano de 2016, o recuo do PIB da construção foi de 5,2% em relação ao resultado de 2015, contribuindo para o desempenho negativo de PIB nacional (-3,6%).
Ferraz se mostra preocupado com a queda de 10,2% da taxa de Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos produtivos), pela qual a construção responde por 55%.
"Com isso, a taxa de investimento no ano de 2016 caiu para 16,4% do PIB, abaixo dos 18,1% de 2015. Distanciamo-nos ainda mais do patamar acima de 20%, condição necessária para o início de um crescimento sustentável da economia", afirma, em nota.
Para ele, o resultado confirma a necessidade de continuidade das reformas, além de medidas voltadas a resgatar a confiança dos investidores, reativar a economia e reverter o desemprego.
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