Comerciantes de Marília discutem reajuste da Acim-Med
João Gonçalves, coordenador da Acim-Med, quer discutir proposta de reajuste de 22,5% proposto pela Unimed
Comerciantes e beneficiários dos planos de saúde da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim) estão sendo convocados para uma assembleia geral, que acontecerá na terça-feira (dia 16) às 18h30 na sede da Acim, que irá decidir a proposta de reajuste nos valores dos diversos planos de saúde oferecidos pela entidade, numa parceria de 20 anos com a Unimed de Marília. “Vamos discutir os reajustes que somente uma assembleia pode decidir”, comentou o presidente da Acim, Libânio Victor Nunes de Oliveira ao assinar edital de convocação publicado em tempo hábil para a realização do encontro. “No atual momento da economia que vivemos qualquer índice de reajuste é motivo de ampla discussão e debate”, afirmou o dirigente que prevê um encontro demorado. “Acredito que pelo assunto ser polêmico exigirá uma série de análises”, completou.
Para o coordenador da Acim-Med, João Gonçalves, a proposta da Unimed de Marília de 22,5% é considerada por muitos beneficiários como elevadíssima. “Acredito que existirão vários tipos de pensamentos e propostas em que somente a votação e a decisão da maioria resolverá a questão”, comentou o dirigente que tornou-se especializado na área dos planos de saúde coorporativos por ser o coordenador do serviço na Acim desde o início. “Nada que uma boa conversa e discussão não resolvam a questão pendente”, opinou ao acreditar na presença de um grande número de beneficiários que se responsabilizarão pelos pagamentos dos planos, de acordo com o índice aprovado na assembleia. “Dai a importância de estar presente, pois o índice que for aprovado será apresentado para a Unimed e, dependendo da situação, será seguido para o próximo ano”, explicou o dirigente que está munido de planilhas, referendos, exemplos e farta documentação para assessorar a decisão.
Não opinião de João Gonçalves a elevação no reajuste é inevitável, pois a Agencia Nacional de Saúde já autorizou um reajuste superior a 13%. “Só esse aumento é mais do que o dobro da inflação do ano passado”, alertou o dirigente da Acim ao lembrar que este índice é o maior desde que a ANS foi criada, há 15 anos. A ANS justificou o índice alto com os custos do setor, como investimento em novas tecnologias, além de considerar a média dos reajustes dos planos de saúde coletivo definidos em negociação entre empresas e operadoras. “O reajuste dos planos coletivos, que a ANS usa como base para reajustar os individuais, não é controlado pela Agência”, alertou. “Então, como é que você pode ter um reajuste fixado pela Agência, que tem como base um reajuste que a Agência não controla”, questionou o dirigente da Acim que apresentará a questão no encontro a ser realizado, nesta terça-feira, às 18h30, na sede da Acim.
A discussão sobre o reajuste será complexa porque as operadoras também foram autorizadas pela ANS a cobrar o retroativo. “Os planos são corrigidos no mês que os contratos fazem aniversário”, lembrou João Gonçalves, que considera esses índices elevadíssimos. “Não é essa a nossa realidade”, garantiu ao ter na pauta da assembleia o reajuste anual de mensalidade do plano de saúde, com proposta da Unimed de Marília de 22,5%, além das consultas excedentes e a campanha de vacinação contra a gripe. “Esses três assuntos estão na pauta para discussão”, anunciou o dirigente da Acim-Med.