Proporção de famílias endividadas cresce em março
Aumento foi de 1,7 ponto percentual em relação a fevereiro, de acordo com a CNC
O percentual de famílias endividadas em todo o país alcançou 57,9% em março, o que representou uma alta de 1,7 ponto porcentual em comparação com fevereiro, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ao divulgar, nesta terça-feira (28/03), a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Na comparação com março de 2016, o nível de endividamento caiu 2,4 pontos porcentuais, ante os 60,3% registrados ano passado. Em nota, Marianne Hanson, economista da CNC, diz que essa queda "indica um ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos e financiamentos para as famílias".
Também houve aumento na proporção de famílias que se declararam "muito endividadas", de acordo com a CNC. De fevereiro para março, o percentual subiu de 14% para 14,2% do total de famílias.
Na comparação anual, entretanto, houve queda de 0,1 ponto percentual.
A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso também aumentou de 23% em fevereiro para 23,7% em março. Em igual mês do ano passado, esse indicador estava em 23,5%.
A parcela de famílias que disseram que não terão como pagar as dívidas e que, portanto, permanecerão inadimplentes, aumentou em ambas as bases de comparação.
Alcançou 9,9% em março de 2017 ante 9,8% em fevereiro e 8,3% em março de 2016. "Esse é o maior patamar do indicador desde janeiro de 2010, quando estava em 10,2%", de acordo com a nota da CNC.
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O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,8 dias em março de 2017, acima dos 62,6 dias de março de 2016.
Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 33,8% das famílias possuem dívidas por mais de um ano.
Entre os que se disseram endividados, 22% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
Ainda entre os endividados, a parcela média da renda comprometida com dívidas ficou em 30,2% em março, ante 31,1% em igual período do ano passado.
Para 76,6% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito foi a principal modalidade de financiamento, seguida de carnês (15,1%) e de financiamento de carro (10,2%). Essa composição se manteve em relação a edições anteriores da Peic.
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