Imposto sobre combustíveis faz subir previsão de IPCA
Relatório Focus do Banco Central projeta aumento de 3,29% para 3,33% inflação neste ano. Demais indicadores permanecem inalterados
Após o aumento da tributação sobre combustíveis, os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o IPCA, o índice oficial de inflação, para este ano.
O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (24/07), pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,29% para 3,33%.
Há um mês, estava em 3,48%. Já a projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,20%, ante 4,30% de quatro semanas atrás.
Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda-feira no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).
Na última quinta-feira (2007), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 - considerado uma espécie de prévia para a inflação oficial - teve deflação de 0,18% em julho. Foi a menor variação porcentual para o índice desde setembro de 1998 (-0,44%).
Por outro lado, o governo anunciou, também na quinta-feira, aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol.
Apenas no caso da gasolina, a tributação poderá significar um aumento de R$ 0,41 para cada litro, o que gera impactos diretos e indiretos sobre os preços ao consumidor.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 passou de 3,08% para 3,10%.
Para 2018, a estimativa seguiu em 4,19%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,48% e 3,98%, respectivamente.
Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,37% para 4,40% de uma semana para outra - há um mês, também estava em 4,37%.
OUTROS INDICADORES
A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano seguiu em 0,34%. Há um mês, a perspectiva era de avanço de 0,39%.
Para 2018, o mercado manteve a previsão de alta do PIB, de 2,00%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,10%.
Já projeção para a cotação da moeda americana no fim de 2017 seguiu em R$ 3,30. Há um mês, estava em R$ 3,32. O câmbio médio de 2017 foi de R$ 3,24 para R$ 3,22, ante R$ 3,24 de um mês antes.
À espera do resultado do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira (26/07), os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) em 8% para o fim de 2017. Há um mês, estava em 8,50%.
IMAGEM: Estadão Conteúdo