Maia: brasileiro não tem mais como pagar imposto
"As empresas e as famílias brasileiras estão excessivamente endividadas", disse Rodrigo Maia, presidente da Câmara, ao atirar na CPMF
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou que pretende priorizar a aprovação de medidas de ajuste fiscal no Congresso, mas disse que é contra o aumento de impostos, em referência a uma possível volta da CPMF.
"O brasileiro não tem mais condição de pagar imposto, as empresas e as famílias brasileiras estão excessivamente endividadas", afirmou o democrata.
Eleito na semana passada para concluir o mandato de Eduardo Cunha à frente da Casa, que vai até janeiro do ano que vem, Maia disse que o ajuste fiscal tem de ser feito pelo lado da despesa, com uma reforma do Estado.
"O aumento de imposto empurra a reforma do Estado para daqui a dois anos", disse o parlamentar, que afirmou que pretende usar esse argumento para convencer o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a desistir de um eventual aumento da carga tributária.
Maia reforçou, além disso, a sua intenção de votar até o fim do ano a PEC do Teto, que limita o crescimento do gasto público à inflação do ano anterior. Outra de suas prioridades é a aprovação de medidas de combate à corrupção.
Ele tem preferência pelas 10 medidas de combate à corrupção propostas pelo Ministério Público, entre elas a transformação da corrupção de altos valores em crime hediondo. A terceira e última de suas prioridades é a reforma do sistema eleitoral, que, segundo ele, está ultrapassado.
FOTO: Fábio Pozzebom/Agência Brasil