Perguntas certas geram inovações de impacto
As melhores inovações são aquelas que resolvem problemas reais
Inovar, mais do que quebrar padrões ou promover evoluções em processos, produtos e serviços, tem um significado ainda mais objetivo: resolver problemas. E pensar assim faz toda a diferença.
Não se trata apenas de criar algo novo, mas de desenvolver algo original e, ao mesmo tempo, relevante. Se prestarmos atenção a algumas inovações ao nosso redor, podemos facilmente identificar o que isso significa.
A começar pelo aplicativo de transporte Uber, por exemplo. Além de representar uma disrupção dos modelos de negócio e operacional instaurados pelos táxis comuns, a iniciativa coloca novas cartas à mesa quando se trata de mobilidade urbana, sobretudo nas grandes cidades, como Nova Iorque, São Paulo, Rio de Janeiro, Cidade do México, entre outras.
Por essa razão, o empreendimento representa um passo adiante não apenas quanto à prestação do serviço propriamente dito, mas também na reflexão sobre urbanismo, planejamento e fluxos das metrópoles.
Outro abismo criado neste campo é o serviço de hospedagens Airbnb. Ao criar uma imensa rede de locais disponíveis para hospedar pessoas sem levantar uma única fileira de tijolos.
Trata-se de mais um sintoma de como se pode, a partir da compreensão de que vivemos em uma sociedade em rede, resolver diversos problemas de uma só vez: superlotação, inibição do turismo por conta das altas tarifas hoteleiras, geração de renda extra por parte dos anfitriões, entre outros.
Não por coincidência, a maioria das inovações recentes localizam-se no contexto da economia do compartilhamento. Como as crises por escassez –de água, tempo e outros recursos– tendem a ser mais frequentes, por que não abandonar a lógica da posse e lançar mão das conexões proporcionadas pela tecnologia para vivermos uma trajetória mais funcional e sustentável?
Muito além de um sinal do progresso técnico, a inovação só é abraçada quando está em sintonia com nossas demandas reais. Para isso, temos que, antes de tudo, saber fazer as perguntas corretas.
FOTO: Thinsktock